Chamado de Judas, Fábio Mota rebate afirmações de Paulo Carneiro: 'Cumpri o regimento'

Presidente do Conselho Deliberativo do Vitória apoiou Paulo Carneiro na eleição de 2019

Publicado em 3 de setembro de 2021 às 13:58

- Atualizado há um ano

. Crédito: Max Haack/ Agecom

Presidente do Conselho Deliberativo do Vitória, Fábio Mota comentou as afirmações feitas por Paulo Carneiro na noite de quinta-feira (2), momentos depois de ter sido afastado da presidência do Vitória. Em áudio compartilhado através de aplicativo de celular, o dirigente o acusou de traição ao se referir a ele como 'Judas Mota'. 

"O que eu fiz foi cumprir o regimento do clube. O sócio que votou em mim votou por me conhecer, por saber da minha transparência e por saber que o Conselho Deliberativo é um poder autônomo e com independência. Não é um apêndice nem é um poder auxiliar do Conselho Diretor. O Conselho Deliberativo tem a obrigação de apurar e dar conhecimento aos conselheiros dos processos e concluir o seu desfecho. É o que a gente está fazendo", afirmou Fábio Mota na tarde desta sexta-feira (3).

A decisão pelo afastamento de Paulo Carneiro do cargo por 60 dias se deu durante reunião extraordinária do Conselho Deliberativo. Nela, foi aprovado o parecer da Comissão de Ética que aponta indícios de gestão temerária. 

O estatuto prevê que o vice-presidente, Luiz Henrique, assume a função de presidente temporariamente, algo que também foi questionado por Paulo Carneiro durante a gravação.

"Não existe processo contra Luiz Henrique", afirmou Fábio Mora. "O processo que existe é contra ele. O relatório da Comissão de Ética se atém ao presidente do Conselho Diretor. A denúncia do Conselho Fiscal, que começou o processo, é contra o presidente do Conselho Diretor. Não tem denúncia ainda contra Luiz Henrique nesse momento. Quem assume é ele, o presidente hoje do clube é ele", completou o presidente do Conselho Deliberativo. 

Fábio Mota foi um dos apoiadores de Paulo Carneiro na eleição de 2019, cujo mandato termina em dezembro de 2022. "Nós apoiamos ele porque ele era o nosso candidato, com propostas de campanha que não aconteceram, mas não foi isso que me fez, nem os resultados em campo, que fizeram eu fazer meu trabalho no Conselho Fiscal. O Conselho Fiscal é um órgão autônomo e se recebeu denúncia tinha obrigação de apurar, o que foi feito", disse Fábio Mota.