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Agência Brasil
Publicado em 5 de fevereiro de 2020 às 07:03
- Atualizado há 2 anos
O secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, afirmou nessa terça-feira (4), por meio de nota, que a abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) para investigar suspeitas de irregularidades sobre ele será uma oportunidade de provar que não cometeu qualquer irregularidade. >
"A abertura de inquérito pela Polícia Federal é mais um passo na rotina do processo de investigação solicitado pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal em 28 de janeiro passado. Será a oportunidade que terei para provar que não cometi qualquer irregularidade na minha gestão à frente da Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República (Secom) desde abril do ano passado", informou Wajngarten.>
No mês passado, matéria veiculada pelo jornal Folha de S.Paulo apontou suposto conflito de interesse na participação de Fabio Wajngarten como sócio em uma empresa de marketing. De acordo com a reportagem, a FW Comunicação e Consultoria, fundada por Wajngarten, tem como clientes emissoras de televisão e agências de publicidade, que são empresas que também recebem recursos de publicidade oficial do governo federal.>
Pela legislação atual, ocupantes de cargos comissionados no governo não devem manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões. A prática pode implicar conflito de interesses e configurar ato de improbidade administrativa, se for demonstrado algum benefício indevido. A lei também determina que um possível choque de interesse entre público e privado seja informado pelo próprio servidor ao governo. O secretário voltou a negar qualquer irregularidade na liberação de verbas publicitárias do governo federal.>
"Como será comprovado, não há qualquer relação entre a liberação de verbas publicitárias do governo e os contratos da empresa FW Comunicação – da qual me afastei conforme a legislação determina – que são anteriores à minha nomeação para o cargo, como pode ser atestado em cartório. Tenho um nome a zelar, um trabalho de mais de 20 anos no mercado, o seu respeito e reconhecimento. Confio no trabalho da Polícia Federal e na decisão do Ministério Público Federal do Distrito Federal", acrescentou o titular da Secom.>