Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
O julgamento de Lula em segunda instância acontece na quarta-feira (24)
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2018 às 17:20
- Atualizado há um ano
Pré-candidato à presidência da República, o ex-ministro Ciro Gomes afirmou, neste domingo (21), que torce para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja declarado inocente contra a sentença que o condenou na primeira instância. Nesta quarta-feira (24), a apelação de Lula será julgada em segunda instância no 4º Tribunal Regional Federal (TRF-4), em Porto Alegre. O ex-presidente foi condenado a nove anos e meio de prisão pelo juiz federal Sérgio Moro, devido ao caso do triplex de Guarujá. As acusações eram de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Ciro, que é filiado ao PDT, usou sua página no Facebook para declarar que não “vislumbra” culpa no ex-presidente Lula. Ele afirmou que o Judiciário brasileiro tem “graves defeitos”, mas diz que não acredita que este poder faça parte de uma conspiração política.
“É definitivamente constrangedor e inexplicável que nenhum quadro relevante do PSDB esteja preso apesar de fartas e robustas evidências de seu orgânico e ancestral envolvimento em corrupção. Mas não é irrelevante que estejam presos quadros centrais do PMDB como Eduardo Cunha, Gedel Vieira Lima ou Henrique Alves. E que o próprio presidente Michel Temer tenha sido chamado pela Justiça a responder por seus atos de corrupção, embora impedida, a mesma justiça, de prosseguir na apuração, pelo poder político subornado”, escreveu, na rede social.
Embora aponte que a Justiça brasileira tem “graves problemas”, o ex-ministro defende que o Judiciário merece o respeito institucional da nação; sem isso, ele acredita que existirá baderna, anarquia e violência.
“Que o Tribunal Regional de Porto Alegre compreenda a transcendência de sua decisão! Que, independentemente de pressões legítimas ou espúrias, afirme a JUSTIÇA! Que tenha a força moral de afirmar a inocência de Lula no processo em questão, se como eu, não vislumbrar clara sua culpa. Que dê evidências incontestáveis de sua culpa, caso assim entenda, de maneira que a qualquer do povo não reste duvidas e, assim, possa a Nação afirmar como o injustiçado alemão: há juizes em Berlim. E, apesar de tudo, também no nosso sofrido Brasil”, completou o ex-ministro.
Confira o texto, na íntegra: