Citando 'emparelhamento', Onyx exonera 300 da Casa Civil

Novo ministro exonerou todos os servidores comissionados para "despetizar" a pasta

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  • Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2019 às 19:21

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arquivo AFP

O novo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou nesta quarta-feira (2) a exoneração de todos os sevidores que ocupam cargos comissionados, ou seja, de livre escolha e nomeação, na Casa Civil. Segundo informações do G1, serão exonerados cerca de 320 servidores. O ato deve ser formalizado na edição desta quinta-feira (3) do Diário Oficial. 

Ainda segundo o G1, Lorenzoni disse que iria afastar da Casa Civil todos aqueles que tivessem visão política oposta a do presidente Jair Bolsonaro. "Vamos retirar de perto da administração pública federal todos aqueles que têm marca ideológica clara. Nós todos sabemos do aparelhamento que foi feito principalmente do governo federal nos quase 14 anos que o PT aqui ficou", declarou o novo ministro. 

O processo de "despetização" da pasta, vai durar cerca de duas semanas, já que aqueles que desejarem continuar nos cargo poderão manifestar interesse e passar por um processo seletivo com entrevista para então ser reintegrado, ou não.

A exonerção em massa tem apenas duas excessões: a Subchefia de Assuntos Juridicos - que já vem trabalhando com a equipe de governo no periodo de transição e onde, segundo o ministro, já houveram os ajustes necessários; e a Imprensa Nacional, que precisa continuar rodando o Diário Oficial sem atrasos.

'Pacto pelo Brasil' Mais cedo, na cerimônia de transmissão de cargo no Palácio do Planalto, Onyx chegou a falar em um "pacto político" entre governo e oposição “por amor ao Brasil” e respeitando as diferenças de ideológicas. Segundo ele, o espaço para as disputas será preservado, mas é fundamental “garantir o futuro de cada brasileiro”. Ele citou a necessidade de levar adiante medidas estruturantes, como as reformas que serão negociadas com o Congresso.

A afirmação de Onyx foi feita na presença do presidente Jair Bolsonaro e de três ministros que participavam a cerimônia de transmissão de cargo: Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência), general Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo) e o general Augusto Heleno (Segurança Institucional).

“Não é possível que a oposição não possa compreender, assim como o governo, que nós temos em alguns movimentos que serão enfrentados dentro de alguns meses a capacidade de, primeiro, olhar para o Brasil, segundo, olhar para as famílias brasileiras, terceiro, olhar para o presente das pessoas”, disse Onyx. “O diálogo será a marca deste governo.”

Para Oynx, são legítimas as disputas políticas e o espaço delas será preservado. Segundo ele, há disposição por parte dos integrantes do governo em dialogar com a oposição. “Precisamos ter bons ouvidos para aqueles que se opõem ao nosso governo.”

O ministro destacou a orientação do presidente da República para todos da equipe. “Nós sabemos que temos a responsabilidade de conduzir o Brasil. E o presidente Bolsonaro é o primeiro a sempre dizer que nós temos uma missão, que nós temos que acertar cotidianamente, que nós não podemos errar. E uma das formas de não errar, quem conduz o Brasil, é poder ter bons ouvidos para aqueles se opõe ao nosso governo.”