Colegiado tende a reduzir ritmo de cortes da Selic, indica ata do Copom

A ata do último encontro do Copom, publicada nesta terça-feira (6), traz a indicação de redução do ritmo de cortes da Selic

Publicado em 6 de junho de 2017 às 09:29

- Atualizado há um ano

A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), publicada nesta terça-feira (6) traz novamente a indicação de que em sua próxima reunião, em julho, o colegiado tende a reduzir o ritmo de cortes da Selic.

De acordo com o documento, "em função do cenário básico e do atual balanço de riscos, o Copom entende que uma redução moderada do ritmo de flexibilização monetária em relação ao ritmo adotado hoje deve se mostrar adequada em sua próxima reunião". Esta afirmação repete uma ideia já expressa no comunicado divulgado na quarta-feira passada (31), após o Copom reduzir a Selic em 1 ponto porcentual, de 11,25% para 10,25% ao ano. 

Na ata desta terça-feira (6), o Copom afirma ainda que o ritmo de cortes da Selic "continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação".

Também retomando ideia expressa no comunicado, a ata do Copom ressalta que "a extensão do ciclo de flexibilização monetária dependerá, dentre outros fatores, das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira". A taxa de juros estrutural é aquela que permite o crescimento econômico, sem gerar inflação.

De acordo com os membros do Copom, "o aumento recente da incerteza associada à evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira dificulta a queda mais célere das estimativas da taxa de juros estrutural e as torna mais incertas". Ao mesmo tempo, o colegiado afirma que essas estimativas para o juro estrutural "continuarão a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo".