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Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 12:04
- Atualizado há 2 anos
O Brasil enfrenta o fim da pandemia de covid-19, disse nesta quinta-feira (10) o presidente Jair Bolsonaro, durante inauguração de uma ponte na BR-290, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A fala de Bolsonaro acontece em um momento em que 22 das 27 unidades federativas têm alta nas mortes por covid, segundo apontado em consórcio da imprensa. >
"Me permite falar um pouco do governo, que ainda estamos vivendo o finalzinho de pandemia. O nosso governo, levando-se em conta outros países do mundo, foi aquele que melhor se saiu, ou um dos que melhores se saíram na pandemia", afirmou o presidente. >
Desde o início da pandemia, 179.032 pessoas morreram em decorrência da covid-19 no Brasil. O momento atual é o primeiro em que tantos estados aparecem com tendência de alta nas mortes da doença desde que o consórcio de imprensa começou a acompanhar essas variações, em 9 de julho. O consórcio foi criado após o Ministério da Saúde modificar a metodologia de divulgação dos casos, prejudicando a transparência sobre a pandemia no país.>
"Devemos levar tranquilidade à população e não o caos. O que aconteceu no início da pandemia não leva à nada. Lamentamos as mortes profundamente e assim sendo, vamos vencendo obstáculos", disse ainda Bolsonaro, hoje.>
O presidente citou também em sua fala um medicamento que não tem eficácia comprovada contra a covid-19, atribuindo a ele o fato da pandemia não ter atingido tão fortemente a África. "Não temos notícia dos nosso irmãos da África, abaixo do deserto do Saara, de grande quantidade de óbitos por Covid e todos esperavam justamente o contrário. A pessoa com alguma deficiência alimentar, pessoas mais pobres, fossem ser em boas e quantidade vitimadas. E não foi por quê? Eles tratam lá, muito, infelizmente, a malária".>
Bolsonaro estava ao lado dos ministros Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), Onyx Lorenzoni (DEM-RS), da Cidadania e Ernesto Araújo, das Relações Exteriores. Todos eles estavam sem máscaras, que é de uso obrigatório no estado desde maio.>
O Brasil também não tem, até agora, um plano detalhado para a vacinação da covid. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou ontem que a imunização pode começar esse mês, inclusive, se a fabricante Pfizer conseguir uma autorização emergencial da Anvisa. Esse primeiro momento seria apenas para grupos prioritários, com a campanha de massa se iniciando em janeiro ou fevereiro.>