Comércio deve abrir 20,7 mil novos pontos de venda em 2018

Estimativa é da Confederação Nacional do Comércio e tem como base cenário em que o volume de vendas no varejo vai crescer 5,1%

Publicado em 28 de fevereiro de 2018 às 10:40

- Atualizado há um ano

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) divulgou hoje (28/2) um estrudo em que estima a abertura de 20,7 mil novas lojas com vínculos empregatícios no Brasil em 2018. O impacto disto na geração de emprego não foi mensurado na pesquisa, mas a entidade acredita que, após três anos de queda, a criação de vagas pode voltar a apresentar resultados positivos este ano. A projeção tem como base a análsie do saldo entre abertura e fechamento de lojas com vínculos empregatícios no país em 2017 e a projeção de crescimento de 5,1% no volume de vendas no varejo. .

Segundo o elvantamento, em 2017 este saldo ficou em negativo em 19,3 mil unidades, número 82% menor do que em 2016, quando o setor eliminou 105,3 mil pontos de venda. Entre os estados, a Bahia foi o terceiro que mais perdeu pontos de vendas, 979, atrás do Rio de Janeiro, 6.314, e de São Paulo, 4.653. Apenas Sana Catarina apresentou saldo positivo, com a abertura de 207 novas lojas com vínculo empregatício. O estudo não projeta a abertura de novos pontos de vendas por estado da federação em 2018.

Vendas

Durante todo o ano pasado, o comparativo com igual mês do ano anterior mostrou que as vendas começaram a reagir positivamente em abril (+0,5% ante abril de 2016) e aceleraram principalmente na segunda metade do ano. De julho a dezembro, por exemplo, o volume de vendas avançou 7,5% ante o mesmo período de 2016, contra um avanço médio de 0,3% na primeira metade do ano. 

Com avanço de 4,0% no volume de vendas, o ano de 2017 - segund a CNC - pode ter marcado o início da recuperação do comércio, não apenas sob esse ponto de vista, mas também quanto ao nível de ocupação, que já que no ano 26,5 mil vagas formais foram criadas, resultado que contrasta com os saldos negativos do auge da crise do setor: -175,2 mil em 2015 e -176,0 mil em 2016.  “A defasagem entre o comportamento das vendas e os investimentos em novos estabelecimentos comerciais não permitiu que o setor fechasse o ano no azul do ponto de vista do aumento do número de lojas”, afirma Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação.Segmentos

Dentre os segmentos, em 2017, os hiper e supermercados se destacaram negativamente em números absolutos (-5.692), seguidos pelas lojas de material de construção (-3.714) e lojas de utilidades domésticas e artigos de uso pessoal (-2.221). Vale salientar que a redução do ritmo de fechamentos de lojas ocorreu em todos os segmentos que acusaram saldos negativos em 2017. Por outro lado, estabelecimentos especializados em itens de informática e comunicação (+21) e farmácias, perfumarias e cosméticos (+426) voltaram a registrar aberturas líquidas após quatro anos.

Regiões

Regionalmente, a reação do setor difundiu-se por todo o País, uma vez que, nas 26 unidades da Federação onde foram registrados fechamentos líquidos de lojas no ano passado, os saldos foram menores do que em 2016. Apenas em Santa Catarina – estado a computar o maior aumento de vendas no ano passado (+14,6%) –, houve registro de expansão no número de lojas (+207) em 2017.

Por outro lado, o Rio de Janeiro – responsável por 9% das vendas do varejo nacional e 33% dos fechamentos – destacou-se negativamente. Ainda assim, essa unidade da Federação registrou menos fechamentos em 2017 (6.814) do que no ano anterior (10.839). São Paulo, estado que concentra 29% do faturamento do varejo nacional, perdeu 4.653 lojas em todo o ano passado (24% do total nacional).    

Com informações da CNC.