Conexão Nordeste: jornalistas comentam o cenário das eleições municipais

O embate entre os candidatos nesta reta final da campanha e as regras dos Tribunais Regionais Eleitorais para evitar contágios pelo coronavírus estão entre os temas que foram comentados pelos jornalistas do CORREIO (BA), O Povo (CE) e Jornal do Commercio (PE)

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  • Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2020 às 17:58

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um edição especial do Conexão Nordeste detalhou, nesta quinta-feira (12), o panorama das eleições municipais 2020 na Bahia, em Pernambuco e no Ceará. O embate entre os candidatos nesta reta final da campanha e as regras dos Tribunais Regionais Eleitorais para evitar contágios pelo coronavírus estão entre os temas que foram comentados pelos jornalistas Donaldson Gomes (CORREIO-BA), Guálter George (O Povo-CE) e Igor Maciel (Jornal do Commercio-PE). A apresentação foi da jornalista Larissa Alves, que também é do veículo pernambucano.

O primeiro turno ocorre no próximo domingo (15) e o cenário da disputa pela prefeitura das capitais dos estados é divergente. Enquanto em Salvador, as pesquisas indicam uma vitória de Bruno Reis (DEM) logo na primeiro etapa, em Fortaleza e Recife, tudo caminha para uma decisão em segundo turno.

Na capital pernambucana, três nomes têm mais força na disputa segundo as últimas pesquisas eleitorais: João Campos (PSB), Marília Arraes (PT) e Mendonça Filho (DEM). Colunista do Jornal do Commercio, Igor Maciel aponta que a distância entre a petista e o socialista reduziu com o crescimento de Arraes e a queda de Campos nas pesquisas.

“No começo da campanha, Marília disse que Lula tem rejeição alta em Recife e passou a não usar vermelho e a imagem do ex-presidente. Ela estava caindo nas pesquisas e chegou a 3% empatada com o 4º lugar. Ao passar a utilizar a imagem de Lula e vestir a cor vermelha, a candidata subiu para o 2º lugar e continua no viés de alta”, comentou. Para o colunista, essa movimentação mostra que Lula continua vivo politicamente na capital e existe um cansaço de parte da esquerda com o PSB.

Sobre a corrida para o Palácio Tomé de Sousa, Donaldson comentou sobre o pragmatismo dos eleitores soteropolitanos ao demonstrarem preferência pelo sucesso do prefeito ACM Neto (DEM). Segundo a pesquisa Ibope, divulgada pela TV Bahia em 30 de outubro, Bruno Reis possui 61% das intenções de voto, seguido de Major Denice (PT) com 13%.

“Nas eleições municipais, é muito em cima da administração da cidade. Arrisco dizer que os adversários de Bruno Reis erraram pois vemos uma campanha focada no emocional. A principal adversária dela é Major Denice que tem uma campanha da ideia de cuidar das pessoas. Já Bruno Reis faz a campanha em cima dos atos administração municipal. O prefeito tem 85% de aprovação. Partir para o emocional quando o cidadão acredita que o serviço público melhorou não surte o efeito que eles esperam”, afirmou Gomes.

Em Fortaleza, o editor de política do O Povo, Guálter George, acredita que o segundo turno da eleição para o cargo de prefeito vai ser intenso. Segundo pesquisa Datafolha divulgada na quarta (11) pelo veículo, Capitão Wagner (Pros) e Sarto (PDT), com 30% e 27% das intenções de voto, respectivamente, fariam o segundo turno para prefeito de Fortaleza. Em seguida, aparece a Luizianne Lins (PT), que se distanciou dos líderes e possui 15% das intenções.

“Existe a situação de empate técnico. A expectativa que havia era que desde o começo da campanha, tinha a candidatura da deputada Luizianne Lins, que é ex-prefeita de Fortaleza, que vinha mostrando resiliência. Desde o começo apresentava uma rejeição que se sabia que teria peso para saber se ela chegaria ou não embolada com esse grupo no topo e até as últimas pesquisas, ela esteve, mas, agora, ela aparece distante desse grupo. Dificilmente deixará de ter segundo turno em Fortaleza. O imponderável pode acontecer porque uma alta taxa de abstenção pode beneficiar um candidato”, explicou. O editor ressaltou que as pesquisas de segundo turno indicam uma diferença pró Sarto dentro da margem de erro, mas ressaltou que o segundo turno é outra eleição e, não necessariamente, o que se indica é confirmado.