Confira cinco mitos sobre sexo na velhice

Você também é daqueles que acham que pessoas com mais de 60 não transam?

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  • Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2020 às 07:20

- Atualizado há um ano

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Quem já passou dos 60, e acredita que nunca lidará com o tema sexo de forma tranquila, o geriatra do Hospital Português Marcio Peixoto, 44, dá a dica: nunca é tarde para desenvolver a sexualidade. “Sexo é fundamental em todas as fases da vida. Diferente dos outros animais, em que a única função do sexo é reprodutiva, no ser humano ele é uma ligação e algo capaz de propiciar prazer”, explica.

Por isso, é preciso ficar atento quando o interesse pelo sexo diminui e a justificativa é tão somente o envelhecimento. Claro que alterações biológicas e hormonais são capazes de alterar a relação com o desejo de mulheres - e de homens! -, mas a performance sexual pode (e deve) melhorar com a idade.  Segundo a psicóloga e pesquisadora em sexualidade Ana Paula Pitiá Barreto, 39, as mudanças de fase etária, sejam elas quais forem, não são uma razão para desistir do sexo, mas para explorar e entender o que funciona melhor para você agora. “Sexualidade não é só o ato sexual, mas é o prazer pela vida. O prazer da pessoa em se sentir desejada”, explica.

Confira cinco mitos sobre sexo na velhice: Não existe sexo nem vontade na velhice A sexualidade é uma dimensão presente e importante ao longo de toda vida. Diferente dos outros animais, os humanos têm no sexo uma fonte de prazer muito além da função reprodutiva.  Sexo não é importante por si só, mas porque ele é reflexo e indicativo de um equilíbrio entre a saúde física e emocional. Não é possível despertar para a sexualidade depois dos 60 Idade não é impeditivo para nada. Claro que alterações biológicas e hormonais são capazes de alterar a relação com o desejo de mulheres - e de homens! -, mas a performance sexual pode (e deve) melhorar com a idade. Experiência e baixa ansiedade devem contar a favor! Os homens só conseguem a ereção com medicamentos As condições médicas de hoje são outro aspecto positivo na atividade sexual dos idosos. O avanço nas tecnologias melhorou, diversificou e também barateou o acesso a diversos métodos de reposição hormonal, de próteses penianas e de lubrificantes íntimos. Em relação aos homens, é fato que eles têm procurado mais soluções que garantam a ereção de forma mais prolongada. Problemas cardiovasculares relacionados a diabetes, pressão e colesterol alto dificultam a ereção natural. No entanto, não é verdade que eles só consigam isso com medicamentos. As mulheres só  lubrificam se fizerem reposição hormonal As mulheres também contam com o auxílio de soluções medicamentosas para aliviar sintomas que interferem diretamente no interesse e na atividade sexual. Diferente dos homens, elas não contam com nenhum medicamento que lhes garantam uma alta performance sexual. Aquelas que costumam sentir dores por conta de falta de lubrificação, podem usar lubrificantes tópicos sem ou com hormônios - os quais não são absorvidos pelo organismo. Não é possível sentir prazer porque não há penetração As duas afirmativas estão erradas, além de não estarem ligadas uma a outra. O prazer se manifesta de várias formas, e casais, em qualquer idade, podem ter problemas na hora da penetração e alcançá-lo de outros modos. Toques, beijos, amassos, vale tudo, em qualquer idade!