Corpo de administrador morto em assalto vai ser enterrado neste domingo em Salvador

Felipe Rauta Cabral foi morto com um tiro no tórax durante um assalto no sábado (1)

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  • Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2015 às 10:45

- Atualizado há um ano

O corpo do administrador Felipe Rauta Cabral, 25 anos, morto na madrugada deste sábado (1), vai ser enterrado na tarde deste domingo (2) no Cemitério Jardim da Saudade, em Salvador. Felipe foi atingido com um tiro no tórax durante um assalto na rua Alberto Fiúza, no Imbuí.

Prestes a embarcar para a Holanda, onde cursaria um MBA como bolsista, ele foi abordado por duas pessoas em frente ao Condomínio Summertime, por volta das 2 horas, quando deixava a amiga, a estudante de jornalismo Aymée Francine Leite Brito em casa.

O administrador estava no carro, um Hyundai/HB-20 de cor branca, acompanhado de Aymée. De acordo com o depoimento da jovem na 9ª Delegacia (Boca do Rio), Felipe se assustou durante a abordagem e sua atitude foi interpretada como uma reação.Corpo de administrador morto em assalto vai ser enterrado neste domingo em Salvador (Foto: Reprodução)Nesse momento, o bandido disparou contra o jovem. Ferido, ele foi retirado do carro e os criminosos seguiram no veículo, levando Aymée com eles. Felipe não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Aymée, que trabalha no site Bahia Notícias, foi abandonada na Estação Pirajá. Ainda de acordo com os policiais, a garota informou que não sofreu nenhum tipo de agressão. Ela também contou que um taxista a encontrou no meio da rua e a levou para a delegacia. A reportagem entrou em contato com Aymée, que preferiu não dar entrevista.

Segundo uma amiga que estava no Instituto Médico-Legal (IML) e preferiu não se identificar, os pais de Felipe estavam viajando quando o crime aconteceu, mas estariam retornando para a cidade, após serem informados que o filho tinha sido baleado.

Felipe era natural do Espírito Santo, mas morava em Salvador havia 18 anos, onde era funcionário da empresa de transporte e logística da família. Até o final da noite de ontem, a polícia não tinha identificado os dois assaltantes, nem tinha notícias do carro roubado. No local do crime, moradores disseram que não ouviram ou viram nada.

A engenheira Cristina Garcia, que mora no Condomínio Summertime e reside no Imbuí há 15 anos, contou que nos últimos tempos a situação piorou na região. “Depois que tiraram umas barraquinhas que tinha aqui ficou bem pior. Eu tenho filho e neto que saem de carro e fico com muito medo do que pode acontecer”.

De acordo com um vizinho, a câmera de segurança do edifício registrou o crime, mas ele não confirmou se assistiu o vídeo. Nos bares que ficam localizados nas redondezas, funcionários disseram que não viram nenhuma movimentação suspeita. A maioria encerrou o expediente à 1h. Um morador do bairro, que preferiu não se identificar, falou que já foi assaltado naquela área.

“Eles vieram com a arma e levaram meu carro. Geralmente ficam dentro de outros carros esperando, sempre com o vidro escuro. Depois saem e colocam a arma nas pessoas”, revelou. À tarde, o corpo de Felipe foi liberado do IML pelos pais.