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Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2022 às 08:57
A pandemia não apenas não acabou, como os casos de covid-19 estão voltando de forma expressiva. Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), mostra que em maio deste ano, os testes positivos detectados em farmácias subiram 326%. Os dados são nacionais, e não houve divulgação por estados ou cidades. As informações foram obtidas com exclusividade pelo O Globo.>
No total, segundo a Abrafarma, foram registrados 136.117 mil novos casos de covid-19 em maio. O número é muito maior que o registrado em abril, quando 31.981 pessoas foram diagnosticadas com coronavírus pelos testes feitos em farmácia.>
Dados dão alarmantes não eram vistos desde fevereiro, quando ocorreram 349.287 diagnósticos com o resultado positivo para a doença nas drogarias de todo o país. O crescimento acende o alerta para o retorno da doença, que pode vir com ainda mais força após a realizadas das festas juninas. >
O levantamento da Abrafarma aponta ainda que os brasileiros voltaram a procurar com maior frequência os testes de Covid-19 nas farmácias. Desde janeiro até o fim de abril, a associação havia registrado queda consistente que chegou a 89,4%, mas, no último mês de maio, o índice aumentou 109% em relação ao mês anterior.>
O percentual de testes positivos também cresceu. Dos 262.737 teste realizados em abril, 12,17% deram positivo, enquanto dos 549.225 feitos em maio, 24,78% também positivaram. O crescimento é de 104%. Maio registra, ainda, o maior índice desde fevereiro, quando 30,51% dos diagnósticos nas farmácias eram positivos para a Covid-19. O maior percentual registrado segue sendo em janeiro, 39,87%.>
O levantamento da Abrafarma foi realizado até o dia 29 de maio, tendo como base os testes rápidos realizados em 4.504 unidades das 26 maiores redes de farmácias do país, reunidos pela associação.>
Laboratórios Mas não foi apenas nos testes de farmácia que os números dispararam. Nos laboratórios particulares, de acordo com um levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), a taxa de casos positivos, que era de 13% em abril, subiu para 34,3% em maio, oq ue representa aumento de 163%. Foram analisados 255.426 testes de RT-PCR, realizados pelos laboratórios Dasa, DB Molecular e HLAGyn.>
Segundo especialistas ouvindos pelo O Globo, esse crescimento se deve à subvariante da Ômicron BA.2, que tem sido predominante no Brasil, segundo o ITpS. Por ora, nada evidencia que ela é mais agressiva que a BA.1 – primeira versão da Ômicron –, mas já existem estudos que apontam para uma maior facilidade de transmissão e reinfecção.>
Os cientistas apontam ainda que há indícios que a contaminação pela BA.1 oferece algum tipo de imunidade contra a BA.2, a curto prazo, especialmente para os vacinados.>