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Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2019 às 13:19
- Atualizado há 2 anos
O nome já sugere que a corrida foge à normalidade. Sem pódio, todo participante é um vencedor - com direito a medalha e tudo. Em um trajeto de 5 quilômetros cercado por 11 obstáculos infláveis, a Crazy Race [corrida maluca, em tradução livre] aconteceu pela primeira vez em Salvador, neste sábado (28), na Arena Fonte Nova, e reuniu cerca de 2 mil pessoas.>
O horário da primeira largada até foi estabelecido, às 7h30, mas o tempo de conclusão do percurso ficou por conta dos limites físicos dos corredores - adultos, crianças e até idosos. Realizada pelo grupo mineiro Leg Sports, o evento propõe ao público não uma prova competitiva, mas a oportunidade de interagir, se divertir e, de quebra, se exercitar, garante a analista de sistemas Cleissa Gonçalves, 43 anos, que correu "de galera".>
Além do filhinho, Pedro Luiz, 7, a analista correu acompanhada de outros oito familiares. Entre primos, tios, tias, o comentário era o mesmo: "É uma oportunidade muito boa para envolver toda a família". Tanto, frisam eles, que saíram de vários lugares da cidade para participar do evento, que só termina quando o último participante conclui o trajeto, seja lá qual for o horário>
"Só o fato de não haver o clima de competição, do meu filho poder participar comigo, assim como o resto do pessoal, já faz valer. Um programa excepcional pela interação que propõe, além de que cada pessoa vai no seu ritmo", comenta Cleissa, pouco depois de concluir o percurso, junto com Pedro e o resto da família Gonçalves, por volta das 10h. Os dez membros da família Gonçalves completaram trajeto (Foto: Tailane Muniz/CORREIO) Obstáculos No decorrer do trajeto, que compreende a área interna do estádio, obstáculos que desafiam os participantes: bolas gigantes, megacilindros, escorregas, paredes escaláveis. Tudo para ser concluído sem pressa, destaca o organizador da corrida, Fábio Avelar, ao explicar que todos os desafios foram pensados para que, além de adultos ativos, crianças e idosos também pudessem participar - e concluir.>
"É uma corrida trouxemos para proporcionar ao público uma forma de interagir em família, para que todos possam se divertir juntos, de um jeito novo", resume ele, que acrescenta que os soteropolitanos aderiram bem à proposta. "Voltaremos em 2020, com certeza", diz ele, ao explicar que os objetos infláveis foram pensados para inspirar "o lúdico entre os adultos". Corredor de rua, Delgival Mello levou filha e sobrinho para corrida maluca (Foto: Tailane Muniz/CORREIO) A ideia funcionou bem até aos mais acostumados com corridas tradicionais, como as de rua. Técnico em eletrônica, não é de hoje que Delgival Mello, 42, se aventura nas pistas - com objetos infláveis, contudo, é a primeira vez. "Eu achei os desafios interessantes, a experiência foi boa, sem dúvida", garante ele, que mora em Capinas de Pirajá.>
Mas como nem sempre os filhos "puxam aos seus", diz, Dorgival aproveitou a oportunidade de levar a filha, a quem considera sedentária, para dar uma aquecida. Aos risos, a estudante Mariana Mello, 16, não nega a pouca disposição para praticar atividades físicas. "Sou preguiçosa, mas como aqui a gente não precisa concluir em um tempo determinado, foi tranquilo e legal participar", destaca Mariana, ao ostentar a medalha com a tranquilidade de quem não precisou "colocar os bofes para fora" até concluir os cinco quilômetros. Na contramão da pouca disposição da prima, o estudante David Gabriel Trindade, 12, fez questão de dizer que não só completou o trajeto, como venceu todos os obstáculos duas vezes. "Mariana é preguiçosa, só foi uma. Eu achei legal e fiz duas voltas. Os desafios são legais", orgulha-se David, que já pensa na próxima edição.>