Daniela Mercury puxa sua pipoca na Barra: 'Arte é resistência!'

Fãs vieram de vários pontos do Brasil e do exterior acompanhar a rainha

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  • Thais Borges

Publicado em 20 de fevereiro de 2020 às 19:09

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/Instagram

Se a quinta-feira de Carnaval (20) abriu a folia oficialmente apenas com trios sem corda, Daniela Mercury não poderia ficar de fora. À frente da Pipoca da Rainha há quase duas décadas, Daniela saiu do Farol da Barra por volta das 19h, acompanhada de seus bailarinos e pedindo paz e respeito. 

"Carnaval te pegou ou não te pegou? Arte é resistência! Viva a cultura, viva a arte brasileira" , decretou a cantora, antes de começar a cantar O Canto da Cidade.

Em seu trio, os letreiros mostravam as cores da bandeira LGBTQ+. Vestida de branco, ela comandou os foliões ao som de músicas como Confete e Serpentina.

Cheia de diversidade, a Pipoca da Rainha era para quem quisesse chegar. Era para os grupos de amigos que vieram de cada parte do Brasil, mas também para quem cruzou os oceanos. 

"O Carnaval, sem Daniela, não existe. Por isso, venho de Florianópolis todo ano para vê-la", contou a professora Ana Paula da Silva, 35 anos. 

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Com ela, estava um grupo com algumas dezenas de pessoas - cada uma vestida com uma camisa da Pipoca da Rainha feita pelos próprios fãs. "Daniela dá a cara para bater . Ela é sempre a primeira em tudo, depois os outros fazem, quando veem que dá certo. Há quantos anos ela faz a Pipoca da Rainha? Há quanto tempo criou o Pôr do Som, no dia 1 de janeiro?", argumenta a cuidadora de idosos Eliana Rosa Gama, 51. 

Os amigos uruguaios Maria Del Mar, 44, e Gustavo Ávila, 40, são fãs da cantora desde 1993. "Vim para o Carnaval de Salvador em 2002 e só saí na pipoca dela. Agora estou aqui de novo", conta Maria, que mora na Espanha. 

Já Gustavo esteve na folia soteropolitana mais vezes: em 2012, 2014 e 2016. " Vamos atrás dela todos os dias, inclusive no Crocodilo. A melhor coisa é que a gente reúne os amigos, porque todo mundo se conheceu aqui na época do Orkut", conta. Gustavo exibe duas tatuagens dedicadas à Rainha: o nome dela no braço direito e também o nome na nuca. "Fiz uma em 2012 e a outra em 2015. É para mostrar que Daniela está no meu coração e também na minha pele", explica. 

Mas, entre os estrangeiros, tinha também gente da França e de Portugal. A administradora francesa Laetitia Dacova, 42, e o biólogo português Ricardo Alves, 34, têm vindo a Salvador desde 2011 para o Carnaval. "Sempre saímos juntos. Daniela traz a arte para o Carnaval. Ela é de fato uma artista", derrete-se a francesa. "Ela é a cantora que mais representa a Bahia e o Brasil no mundo", completa Ricardo.

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