De volta ao Vitória, Rodrigo encontra cenário pior do que deixou

Interino tinha deixado Leão a 5 pontos do Z4 e pode reestrear com apenas um

  • Foto do(a) author(a) Vitor Villar
  • Vitor Villar

Publicado em 24 de dezembro de 2020 às 10:39

- Atualizado há um ano

. Crédito: Letícia Martins / EC Vitória

Há exatos 16 dias, ao fim da 27ª rodada da Série B, o Vitória havia acabado de empatar com o Cuiabá por 3x3, fora de casa. Chegava aos 33 pontos, cinco a mais do que o primeiro time situado na zona de rebaixamento - na ocasião, o Figueirense, 17º, que somava 28.

Naquele momento, o Vitória tinha a oportunidade de efetivar o seu treinador interino, Rodrigo Chagas. Não o fez. No lugar disso, contratou Mazola Júnior, que durou apenas quatro jogos no cargo, sendo demitido na última terça-feira (22), após tomar 3x0 do CSA.

Moral da história: 15 dias depois, o Vitória anunciou a efetivação de Rodrigo Chagas como técnico até o final da Série B. Porém, a situação agora é outra, e o desafio para o ex-lateral direito, de muita história no rubro-negro, é maior.

O Leão praticamente não saiu do lugar na sequência com Mazola: Rodrigo agora reassume com 36 pontos, três a mais. O problema é quem vem de baixo. Até o fim da atual 31ª rodada, a vantagem para o Z4, que é de quatro pontos, pode cair para somente um.

Rodrigo ainda não deu entrevista como técnico: suas primeiras palavras foram por meio de um áudio enviado à imprensa. Ele concordou que, agora, o desafio é maior.“Muito feliz por estar retornando ao comando do Vitória. Acho que num momento até mais difícil do que o outro que tivemos. O jeito é fazer com que todos os atletas possam voltar a entrar na nossa ideia de jogo e trabalharmos da forma como estávamos trabalhando”, disse o novo comandante.Enquanto o Leão ‘desligou’ no período com Mazola, acumulando três derrotas e uma vitória, o Náutico pulou de 27 para 35 pontos. O Figueirense, atual 18º colocado, e o Paraná, 17º, ambos com 32 pontos, ainda jogam pela 31ª rodada e podem chegar a 35. O time catarinense faz um clássico contra o Avaí no sábado (26), enquanto o paranaense visita na segunda-feira (28) a líder Chapecoense.

O lado positivo, para Rodrigo, é que a estreia como técnico de fato será apenas no ano que vem. Precisamente no dia 3 de janeiro, um domingo, quando recebe o Operário às 18h15 no Barradão.

A equipe se reapresenta nesta quinta-feira (24), após ter retornado da viagem a Maceió. No embarque para Salvador, por sinal, Rodrigo encontrou um velho amigo e companheiro de Vitória na década de 1990: o ex-meia Ramon Menezes, que agora também é treinador e foi demitido do CRB na semana passada. Ramon Menezes estava no comando do CRB (Foto: Divulgação / EC Vitória) Desta quinta até o duelo com o Operário serão 10 dias para que Rodrigo ajeite a casa. Em suas primeiras palavras, direto do aeroporto de Maceió, ele considerou um bom período para trabalhar.“Precisamos de toda energia positiva e de muito trabalho. Temos 10 dias aí para voltar a treinar bem e corrigir os problemas, para que no jogo contra o Operário possam estar à disposição todos os atletas lesionados e façamos uma boa reestreia”, comentou.Foi no curto período de quatro jogos sob o comando de Rodrigo que o time obteve a sua única sequência de duas vitórias na atual Série B, quando bateu CRB (2x1) e Paraná (4x1). Esta última, fora de casa, foi a única vez em que o Leão somou três pontos como visitante no campeonato.