Decisivo, goleiro Anderson quer renovar; Gilberto fala de alívio

Protagonistas contam as emoções de dentro das quatro linhas do título estadual

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  • Daniela Leone

Publicado em 21 de abril de 2019 às 22:11

- Atualizado há um ano

. Crédito: MAURO AKIN NASSOR/ CORREIO

Um título. Dois heróis. O goleiro Anderson e o centroavante Gilberto dividem o mérito do triunfo por 1x0 que garantiu o bicampeonato estadual do Bahia, nesse domingo (21), diante do xará de Feira de Santana. Eles foram os protagonistas dentro das quatro linhas na Fonte Nova. 

Artilheiro do Bahia na temporada com 14 gols, Gilberto não balançava a rede havia cinco partidas. Espantou o jejum de quase um mês com o gol do título, o único do jogo. Aos oito minutos do segundo tempo, ele converteu o pênalti e não economizou energia para comemorar. “Soltei o grito de gol mesmo, que tava preso na garganta há algumas rodadas. Eu tava cabisbaixo por não estar fazendo gol e eu fui o autor do gol que deu o triunfo”, festejou o atacante, que não marcava desde o dia 24 de março, quando o Bahia venceu o Salgueiro por 3x0, pela Copa do Nordeste. 

Em campo durante toda a partida, Gilbertou contou que foi incentivado pelos companheiros durante a decisão. “Na saída do vestiário eles me deram força, tapa na minha cabeça e disseram ‘vamo, que você vai fazer o gol’. Eu fui até o final e pude honrar o manto do Bahia. Tô muito feliz”.

Por ironia, foi o próprio Gilberto que cometeu o pênalti rival. A bola bateu no braço dele, foi para a marca da cal, mas não encontrou a rede graças a Anderson. Reserva com contrato chegando ao fim, o goleiro defendeu a cobrança de Vitinho aos 23 minutos da etapa final, o rebote de Vitor Hugo e evitou que a taça fosse decidida nos pênaltis. 

“Tô em êxtase”, disse Anderson após o apito final. “Quando o Gilberto fez o gol ele falou ‘agora é contigo. Segura que a gente é campeão’. Na hora do pênalti, eu só ouvi ‘vai pegar, vai pegar’”, contou o goleiro, que tem contrato apenas até o dia 30 de maio, mas já negocia a renovação. “Eu quero ficar. Tenho propostas, mas meu pensamento é ficar no Bahia. Tenho 35 anos, quero jogar mais um quatro e encerrar minha carreira aqui”, afirmou.   

Nem Gilberto e nem Anderson tiveram tanto o nome cantado como o lateral-direito Nino Paraíba. Nas graças da galera, ele voltou a ouvir em coro a paródia feita pra ele. “A torcida me conheceu como um Nino que chega à frente, apoia os companheiros. Feliz demais”, disse Nino após o jogo.