Decor: cobogó traz mais ventilação e luz pra casa

Blocos vazados podem ser usados para dividir ambientes e ainda ajudar no ventinho e na iluminação

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  • Victor Villarpando

Publicado em 18 de março de 2016 às 14:00

- Atualizado há um ano

OITO VERDADES SOBRE O COBOGÓUma parede de cobogós pode ser usada para separar a sala da cozinha, como no apartamento assinado pela designer Adriana Fontana: mais ventilação, iluminação e conversa (Fotos: Manufatti/Divulgação)O que é“Um tijolo vazado, que pode ser feito de materiais como vidro, cimento, argila e cerâmica. Ele permite a circulação do ar e entrada parcial de luz”, explica a arquiteta Rebecca de Gonzaga.

Quando usar “Tanto em casa quanto em apartamento, pode dividir ambientes, sustentar bancadas e compor fachadas”, afirma o arquiteto David Bastos.

É legal porque  “Além de proporcionar ventilação e iluminação parcial, acaba dando mais identidade ao ambiente do que uma parede convencional. E há diversos formatos e cores”, pontua Rebecca.

Como construir “O processo é mais rápido que o de uma parede comum porque a peça já vem pronta, eliminando etapas da alvenaria, como reboco e pintura”, diz David. No entanto, a depender do tipo de cobogó, pode haver uma complicaçãozinha. “Em alguns modelos, é preciso ter um vergalhão interno para aumentar a fixação”, alerta a arquiteta.Alguns cobogós encontrados em Salvador e seus respectivos preçosQuando evitar Onde a privacidade é necessária. “Por ser vazado, não apresenta isolamento acústico”, aconselha o arquiteto.

É pernambucano...  Segundo o arquiteto Antenor Vieira, no livro Cobogó de Pernambuco, o bloco leva no nome as iniciais dos criadores:  Amadeu Coimbra (CO), Ernst Boeckmann (BO) e Antonio de Góes (GÓ). Dois comerciantes e um engenheiro, todos radicados em Recife. A patente é de 1929 e a Caixa D’Água de Olinda (PE) foi uma das primeiras obras com o material.

...Com ascendência árabe  A inspiração, o muxarabi, veio de Portugal, que foi influenciada pela invasão árabe na Península Ibérica. O muxarabi é um painel de madeira vazada usado como divisória. O que o trio fez foi industrializar em tijolo, como define o arquiteto Cristiano Borba, ainda no livro, do qual também é autor, ao lado de Vieira e do fotógrafo Josivan Rodrigues: “Associação das retículas de concreto com a herança dos muxarabiês da arquitetura mourisca, trazida ao Recife pela colonização portuguesa”.

Só achou em cimento, mas quer colorido? Tem jeito. “Se pintar com esmalte sintético ou tinta acrílica fica rústico. Para deixar com aparência mais refinada, basta usar massa acrílica ou massa corrida PVA antes da pintura”, indica a designer de interiores Valentina Rocha (99231-8543).