Decreto que proíbe shows e aulas na Bahia é prorrogado até 7 de fevereiro

Casamentos e formaturas podem acontecer com limite de 200 pessoas

Publicado em 29 de janeiro de 2021 às 16:12

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/Arquivo

O decreto que suspende shows e aulas nas unidades de ensino públicas e privadas da Bahia vai ser prorrogado até o dia 7 de fevereiro. A prorrogação será publicada pelo Governo do Estado no Diário Oficial deste sábado (30).

O decreto ainda proíbe a realização de atividades com público superior a 200 pessoas, como passeatas, feiras, circos, eventos científicos, desportivos e religiosos. Shows e festas, públicas ou privadas, seguem proibidos independentemente do número de participantes.

Cerimônias de casamento e solenidades de formatura podem ser realizadas desde que limitadas a até 200 pessoas. A parte festiva desses eventos não está permitida.

'Ainda não é o momento' A data para a volta das aulas presenciais no estado ainda não foi definida. A expectativa da prefeitura era de que a retomada acontecesse em março, mas o prefeito Bruno Reis e o governador Rui Costa ainda devem se reunir para tomar uma decisão conjunta.

No entanto, o governador adiantou que agora ainda não é o momento. Costa disse ainda que entende a aflição dos pais que têm filhos em idade escolar. "Eu tenho duas filhas em idade escolar e tenho total consciência dos efeitos colaterais danosos à educação e à sociabilidade de nossa juventude o fato de não estar tendo aulas. Meu desejo é que possamos retornar o mais rápido possível, mas precisamos aguardar o momento correto", disse, nesta quarta-feira (27).

Rui criticou a postura da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao criar dificuldades para o uso da vacina russa Sputnik V sem o aval de técnicos do órgão – como pediu o governo da Bahia em documento ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu não consigo entender essa insensibilidade com a vida humana da direção da Anvisa. Isso revolta a todos nós, porque estamos presenciando o sofrimento de pais, mães e filhos perdendo seus entes queridos que não conseguem entender tamanha insensibilidade de uma agência que deveria cuidar da vida humana.

O governador lembrou o incidente acontecido em março de 2020, quando a Anvisa barrou uma ação de medição de temperatura que seria realizada em passageiros vindos de São Paulo e Rio de Janeiro no Aeroporto Internacional de Salvador. “É um fato que demonstra como tem sido a postura da agência durante a pandemia, de pouco valor e respeito à vida humana, numa posição muito mais corporativa do que preocupada com a vida das pessoas”.