Defesa da ex-presidente sul-coreana nega acusações de corrupção

A ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, está cumprindo prisão preventiva desde o dia 31 de março e enfrenta 18 acusações

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  • Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2017 às 07:51

- Atualizado há um ano

A equipe de defesa da ex-presidente da Coreia do Sul Park Geun-hye negou nesta terça-feira (2) todas as acusações sobre ela, durante a sessão preliminar do julgamento por suposta participação na trama de corrupção da "Rasputina". A informação é da "Agência EFE".

Como era esperado, Park, de 65 anos, não assistiu a essa primeira sessão, pois não era obrigada a comparecer.

O advogado Yoo Yeong-ha voltou a defender a inocência da ex-governante e pediu para analisar o resumo da investigação sobre o caso, que tem mais de 120 mil páginas. Yoo argumentou que pode existir uma série de inconsistências no processo.

A primeira sessão realizada nesta terça tinha como objetivo revisar as acusações contra a ex-presidente e começar a combinar as datas para os depoimentos das diferentes testemunhas.(Foto: AFP)Nesse sentido, espera-se que o Tribunal do Distrito Central de Seul, que julga o caso, realize duas ou três sessões preparatórias antes da primeira audiência formal, prevista para junho.

Park, que está cumprindo prisão preventiva desde o dia 31 de março, enfrenta 18 acusações, incluindo a revelação de segredos de Estado, coação, abuso de poder e suborno, um crime que, na Coreia do Sul, tem pena mínima de dez anos em regime fechado e pode chegar à prisão perpétua.

A promotoria considera que ficou comprovado que Park criou uma rede com a amiga Choi Soon-sil, conhecida como "Rasputina", por sua influência sobre a ex-presidente. A amiga teria, entre outras coisas, recebido propinas de pelo menos três grandes grupos empresariais no valor de aproximadamente US$ 50 milhões.

O caso abalou os alicerces políticos e econômicos da Coreia do Sul, já que entre os envolvidos estão presidentes de grandes empresas, como a Samsung, cujo líder, Lee Jae-yong, cumpre prisão preventiva desde fevereiro.