Deputado diz que tiros em Cid Gomes foram 'legítima defesa'; veja vídeo

'Mataram Cid', gritam manifestantes após disparos; senador tentou invadir batalhão com PMs grevistas

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  • Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2020 às 22:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Foto: Reprodução O deputado federal e pré-candidato a prefeito de Fortaleza, Capitão Wagner (Pros), afirmou que os tiros que acertaram o senador licenciado Cid Gomes (PDT), em Sobral, no Ceará, foram "uma legítima defesa" por parte de quem os disparou.

Um vídeo mostra o momento em que o político avança com um trator sobre um grupo de policiais a favor da deflagração de uma greve da categoria naquele estado. 

No vídeo abaixo, é possível ver, de lado, o senador licenciado avançando com o trator sobre a multidão. De outro ângulo, as imagens divulgadas pelo site Sobral24horas mostram ao menos cinco disparos e o desespero dos manifestantes contrários à greve. "Mataram Cid! Mataram Cid!", gritam alguns.

Cid Gomes foi atingido por dois disparos e encaminhado para o Hospital do Coração de Sobral. Segundo boletim médico divulgado na noite desta quarta, após atendimento médico, o quadro de saúde dele estabilizou. De acordo com informações publicadas pelo irmão de Cid, Ciro Gomes (PDT), o senador não corre risco de morte.

Crise na segurança do Ceará Capitão Wagner foi ao Palácio da Abolição acompanhado de outros deputados de outros estados. A expectativa era encontrar Camilo Santana (PT) e mediar os interesses da categoria. O governador, que já pediu reforço de tropas federais para tentar controlar a situação, não recebeu o grupo.

"A atitude do senador Cid Gomes em Sobral é lamentável. A gente lamenta pelo estado de saúde dele, espero que se recupere, mas ficou muito claro que o que aconteceu foi uma legítima defesa. Ele ia passar com trator por cima de várias pessoas e houve uma reação legítima para evitar tragédia maior", afirma o deputado. Wagner se disse feliz com o estado de saúde do senador, estável de acordo com boletim médico recentemente divulgado.

Estavam com Wagner o secretário nacional de Proteção Global, Sérgio Queiroz, o diretor de Proteção e Defesa de Direitos Humanos, Herbert Barros, ambos vinculados ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e os deputados federais Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) e Major Fabiana (PSL-RJ).

Após o encontro que não ocorreu no Abolição, Wagner foi ao 18º Batalhão de Polícia Militar (18º-BPM). A agentes manifestantes que se concentram ali, determinados a não retomar rotina de trabalho, o deputado disse que registrará Boletim de Ocorrência (B.O.) contra Cid Gomes por tentativa de homicídio. 

A bordo de uma retroescavadeira em frente a um quartel de Polícia, o ex-governador avançou sobre agentes, a maioria com balaclavas. Pelo menos dois disparos atingiram o político. O boletim médico divulgado nesta noite fala que ele foi "vítima de ferimento por arma de fogo em região torácica", mas não cita a quantidade de disparos nem as regiões do corpo atingidas.

*Com informações do repórter Henrique Araújo.