Deputados baianos gastam R$ 450 mil com aluguel de carros de luxo

por Luan Santos

  • D
  • Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2018 às 07:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Catorze dos 39 deputados federais da Bahia gastaram R$ 450,7 mil com aluguel de carros de luxo no primeiro semestre desse ano. A locação foi paga com recursos públicos da cota parlamentar e teve como foco sete veículos, sendo que Hilux e SW4, ambos da Toyota, foram os principais. Foram justamente esses modelos os utilizados pelos dois parlamentares que mais gastaram: Roberto Britto (PP) e Valmir Assunção (PT). O primeiro pagou R$ 54,4 mil para andar de SW4 entre janeiro e maio, enquanto o segundo desembolsou R$ 44,9 mil por uma Hilux, no mesmo período. O terceiro é Antonio Brito (PSD), com R$ 41,3 mil, pagos pela locação de uma Ranger XLS em seis meses, seguido por José Nunes (PSD), com R$ 38,2 mil, que alugou uma SW4 no período.

Menores Na outra ponta, quem menos utilizou recursos foi Antônio Imbassahy (PSDB), que desembolsou R$ 8,9 mil por um Jeep Compass em maio. Bacelar (Podemos) vem em seguida, com R$ 16,8 mil por uma Hilux em março e abril.

Lista completa A lista ainda tem os deputados Daniel Almeida (PCdoB), com R$ 36,1 mil, Jorge Solla (PT), com R$ 24 mil, Luiz Caetano (PT), com 21 mil, e José Carlos Araújo (PR), com R$ 9,9 mil, que alugaram modelos Hilux no primeiro semestre. Afonso Florence (PT) aplicou R$ 31,4 mil na locação de uma Amarok e uma Hilux, enquanto Cláudio Cajado (PP) pagou R$ 23 mil por uma SW4 e um Audi Q3. Já Cacá Leão (PP) pagou R$ 36,2 mil por uma Pajero HPE e Nelson Pelegrino (PT) aplicou R$ 24 mil para andar de Jeep Compass no período. Por mês, a Câmara limita os gastos com aluguel de veículos em R$ R$ 10,9 mil. Embora apliquem em carros de luxo, nenhum deles ultrapassou.

Preocupação Integrantes do PT estão preocupados com uma possível redução das bancadas do partido na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. Durante as caravanas do governador Rui Costa (PT), eles têm demonstrado insatisfação com a condução do partido para a formação da coligação proporcional. “PSD e PP vão priorizar a reeleição de seus parlamentares. O PT quer ter muitos candidatos, o que prejudica a eleição do partido. Não vamos servir de escada para PSD e PP”, reclama um deles.

Briga silenciosa Uma licitação para prestação de serviços na TV Assembleia pode dar início a uma batalha judicial entre duas empresas e o Legislativo. Destinada à contratação de dois editores de imagem e dois técnicos, a seleção teve como vencedora a empresa que já presta o serviço, cuja sede é em Florianópolis. Ela vai receber R$ 574,8 mil por ano. A segunda colocada, contudo, garante cumprir a tarefa com R$ 300 mil, mas foi desclassificada por deixar de apresentar um item que não seria obrigatório. Agora, a empresa derrota pretende levar o caso à Polícia Federal e à Justiça.

Padrinho Nos corredores da Assembleia, integrantes do legislativo garantem que a empresa vencedora do processo seletivo é apadrinhada por um deputado com forte influência na Casa.

Pílula Batalha - Servidores e comerciantes de Lençóis, na Chapada Diamantina, declararam guerra contra o prefeito Marcos Araújo (PRB). Eles dizem que a gestão dele tem prejudicado o turismo, ponto central da economia da cidade e acusam o gestor de nepotismo. A filha dele é secretária de Administração. Os servidores prometem uma greve geral."Deputado estadual hoje virou subfunção pública em qualquer partido, porque os federais fizeram uma legislação que concentra a divisão do tempo de televisão e financiamento partidário neles", Leo Prates, presidente da Câmara Municipal de Salvador e pré-candidato a deputado estadual, em entrevista à Rádio Metrópole, ao afirmar que a legislação atual prejudica a renovação na política. Segundo ele, os partidos decidiram que o financiamento público só chega aos deputados federais