Derrota 'consolida' realidade do Bahia: lutar contra rebaixamento

Tricolor não tem conseguido alcançar o mínimo de pontos estabelecido em planejamento

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 5 de outubro de 2020 às 16:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira/EC Bahia

A cada rodada que passa no Campeonato Brasileiro, a matemática do Bahia para escapar do rebaixamento e tentar brigar por uma classificação em torneio continental fica mais complicada.

Como apontado pelo presidente do clube, Guilherme Bellintani, em postagens nas redes sociais, o planejamento tricolor dividiu as 38 rodadas do Brasileirão em seis blocos de seis jogos cada e mais duas partidas "extras". A ideia é estabelecer um limite mínimo de pontos que, em teoria, garantem ao clube uma campanha segura na Série A.

Tomando como base a estratégia utilizada pelo próprio Bahia na temporada passada, o time precisa fazer o mínimo de oito pontos a cada seis partidas. Assim, finalizaria a 36ª rodada com 48 pontos - o que historicamente é suficiente para se manter na primeira divisão - e teria ainda dois jogos para tentar algo mais, como uma vaga na fase preliminar da Libertadores no melhor dos cenários. Mas é aí que está o problema.

O desempenho ruim no Brasileirão tem deixado o tricolor distante até do mínimo estabelecido. Após 13 jogos disputados, apenas no primeiro bloco de partidas o Esquadrão conseguiu alcançar a meta e fez exatos oito pontos.

No segundo bloco, finalizado com o triunfo sobre o Botafogo, no Engenhão, o Bahia conseguiu somar a metade do mínimo que pretendia: 4 pontos. O prejuízo então precisa ser tirado nos jogos seguintes, mas a realidade do momento é desanimadora.

O clube abriu o terceiro dos seis blocos perdendo para o Sport, por 2x1, domingo (4), no estádio de Pituaçu. O resultado deixou a equipe na 16ª colocação, empatada em número de pontos com o Coritiba, primeiro time dentro da zona de rebaixamento.

Com mais cinco jogos para disputar nessa terceira fase da divisão, o Bahia vai ter que buscar pelo menos 12 dos 15 pontos restantes para recuperar o prejuízo. Assim, terminaria esse terceiro bloco com 24 pontos.

Se mantiver a média de seis pontos apresentada nos dois primeiros blocos, aí a luta da equipe será contra o rebaixamento até as últimas rodadas, já que nesse cenário o Esquadrão somaria 36 pontos em 36 jogos e, mesmo com os dois jogos extras, chegaria ao máximo de 42 e dificilmente escaparia da degola. 

A próxima chance para se recuperar e tentar se distanciar do Z4 será quarta-feira (7), quando recebe o Vasco, às 19h15, no estádio de Pituaçu, pela 14ª rodada.

Divisão por blocos e a pontuação conquistada pelo Bahia:

Bloco 1 Coritiba: 3 pontos Bragantino: 3 pontos São Paulo: 1 ponto Ceará: 0 ponto Palmeiras: 1 ponto Flamengo: 0 ponto

Bloco 2 Internacional: 1 ponto Grêmio: 0 ponto Atlético-GO: 0 ponto Corinthians: 0 ponto Athletico-PR: 0 ponto *Botafogo: 3 pontos

Bloco 3 Sport: 0 ponto Vasco Fluminense Goiás Atlético-MG Fortaleza

Bloco 4 Santos Botafogo Coritiba Bragantino São Paulo Ceará

Bloco 5 Palmeiras Flamengo Internacional Grêmio Atlético-GO Corinthians

Bloco 6 Athletico-PR Sport Vasco Fluminense Goiás Atlético-MG

"Jogos extras" Fortaleza Santos  

*A partida contra o Botafogo, pela 1ª rodada do Brasileirão, foi adiada para o dia 30 de setembro e entrou na pontuação do segundo bloco de jogos.