Destaque do time de aspirantes, Gustavo comemora gol em casa

Atacante marcou o segundo do Bahia na partida contra o Vitória da Conquista

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 27 de janeiro de 2020 às 16:27

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira/EC Bahia

Nascido em São Paulo, Gustavo está há pouco mais de um ano na Bahia. Chegou para atuar no Jequié, depois de passagens por Grêmio Osasco, Audax, Nacional do Amazonas e Guarulhos. No time do interior baiano, disputou oito jogos e marcou dois gols. Desempenho suficiente para chamar a atenção do tricolor da capital, que o contratou para o time de aspirantes.

O tempo por aqui é pouco, aparentemente, mas já suficiente para incorporar alguns dos termos e jargões em baianês. Isso explica a quantidade de "véi" que o atacante de 22 anos falou na entrevista que concedeu para o programa de rádio do Bahia. O gol que marcou no triunfo sobre o Vitória da Conquista, domingo (26), foi a cereja do bolo na partida que o camisa 7 fez. Um alívio após a estreia apagada contra a Juazeirense.

"Foi muito importante a gente ter vencido pra dar aquele respiro, né, véi? Aquele respiro de... pô, aliviado, tira a tensão e dá confiança pra nossa equipe. Eu achei que a gente jogou muito bem, foi um jogo que a gente se impôes. Fizemos o que o treinador pediu, que a gente estava treinando com os aspirantes desde abril de 2019. Foi importante para buscar esse título aí", disse Gustavo.

O atacante assume que o time estava ansioso para dar uma resposta positiva à torcida do Bahia, que ainda está conhecendo as peças da equipe comandada por Dado Cavalcanti. O empate na estreia do Campeonato Baiano aumentou um pouco a tensão, mas, segundo Gustavo, a própria torcida foi quem amenizou o nervosismo."A gente deu a cara e mostrou que é um time bem competitivo. A torcida estava bem aguerrida, abraçou a gente, eu consegui ir pro um contra um mais à vontade. A torcida falando 'vai dentro, vai embora' e ficava [pensando] 'caraca', e eu ia! Isso é um incentivo a mais, né?", revelou o atacante.Apelidado como 'Super Choque' por causa da semelhança física com o personagem Virgil Ovid Hawkins na animação da Warner Bros, Gustavo é observado de perto pelo técnico do time de transição do Bahia, que comemora o desenvolvimento do jogador.

Após a partida, Dado Cavalcanti contou que Gustavo praticamente não teve formação em divisão de base, mas que mesmo assim apresenta um repertório interessante para as pretensões do Bahia na competição.

"Eu acompanho a evolução do Gustavo desde o ano passado. Fico feliz quando ele faz partidas como essa. Participação muito positiva, foi bem no jogo coletivo, também no um contra um. Isso acaba sendo visível, mas outros conteúdos me fizeram acreditar que fez um bom jogo", apontou o treinador.

O Bahia volta a campo, pelo Baiano, na próxima quarta-feira (29), quando enfrenta o Bahia de Feira na Arena Cajueiro, que tem gramado sintético. Antes disso, já nessa terça-feira (28), o time principal recebe o Imperatriz em Pituaçu, às 20h, pela segunda rodada da Copa do Nordeste.

Para Gustavo, o gramado sintético não vai atrapalhar. Pelo contrário, acredita até que favorece seu estilo de jogo por permitir que a bola fique mais rápida. No ano passado, o atacante marcou um gol contra o atual vice-campeão baiano na Arena Cajueiro na partida em que Jequié e Bahia de Feira empataram por 2x2. 

"O time deles é bom. Joga junto há bastante tempo, é cascudo, time difícil de jogar. Lá é um campo sintético, mas eu particularmente gosto. Por meu estilo de jogo, a bola corre muito e eu gosto. Estou acostumado a jogar lá, fiz uns três, quatro jogos pelo Jequié, pelo Bahia duas vezes e isso é bom", explicou o camisa 7.

*Com supervisão do subeditor Miro Palma