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'Destruiu minha família', diz esposa de petista morto em festa

Invasor, que gritava "Bolsonaro" e "mito", também foi baleado em Foz do Iguaçu

  • D
  • Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2022 às 15:03

. Crédito: .

Pamela Suellen Silva, mulher do guarda municipal Marcelo Arruda, morto na própria festa de aniversário com o tema do PT, em Foz do Iguaçu, disse que o assassino José da Rocha Guaranho entrou no local para “matar as pessoas da festa”. Em entrevista à colunista Bela Megale, do jornal O Globo, a policial municipal disse que o assassino xingou os convidados aos gritos de "Bolsonaro" e "mito". Marcelo comemorava 50 anos. Ele deixa dois filhos: Pedro, com apenas 40 dias, e Helena, de seis anos.

Pamela disse que Marcelo foi até o assassino pedir que ele fosse embora, e o agente sacou uma arma. Convencido pela mulher e pela filha, que estavam dentro do carro, o assassino foi embora, mas ameaçou que retornaria.

O agente retornou armado no final da festa.

"Quando ele retornou eu disse: ‘Vai embora cara, polícia’, mostrando que somo policiais. Mas ele começou a atirar a esmo, foi com intuito de matar as pessoas da festa. Aí Marcelo revidou. Um tiro atingiu a perna do Marcelo e o assassino chegou muito perto para executá-lo. Marcelo estava caído no chão. Foi horrível, horrível, uma cena de horror. Corri no carro para pegar minha arma e quando cheguei, Marcelo já estava no chão e o homem, também. Ele atirou no salão de festas onde tinham crianças, bebê. A bala quebrou o vidro do salão de festas e um pai se jogou pra proteger seu bebê", contou ela.

A festa com a temática do PT era uma brincadeira de Marcelo, que já já havia sido candidato a vereador e também a vice-prefeito de Foz pelo partido. Atualmente, ele era tesoureiro do partido na cidade.

A festa acontecia na Associação Esportiva Saude Física Itaipu. A decoração usava a cor vermelha, por conta do PT, e o bolo tinha a estrela do partido. Arruda usava uma camisa com a foto de Lula.

O ex-presidente e pré-candidato Lula comentou o caso, lamentando a morte e a intolerância por trás do crime. "Nosso companheiro Marcelo Arruda comemorava o seu aniversário de 50 anos com a família e amigos, em paz, em Foz do Iguaçu. Filiado ao Partido dos Trabalhadores, sua festa tinha como tema o PT e a esperança no futuro; com a alegria de um pai que acabou de ter mais uma filha", escreveu. "Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda", acrescentou. 

Deputada federal pelo Paraná e presidente do PT, Gleisi Hoffmann também lamentou a morte. “Nosso companheiro e amigo Marcelo Arruda, guarda municipal em Foz do Iguaçu, foi assassinado ontem em sua festa de 50 anos. Um policial penal, bolsonarista, tentou invadir a festa c/arma. Trocaram tiros. Uma tragédia fruto da intolerância dessa turma”, afirmou.

A prefeitura de Foz do Iguaçu também divulgou nota lamentando a morte. "Marcelo era da primeira turma da Guarda Municipal e estava na corporação há 28 anos. Ele também era diretor da executiva do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi)", diz o texto. 

"Agradecemos ao Marcelo Arruda por toda a sua dedicação e comprometimento com o município, o qual nestes 28 anos de funcionalismo público defendeu bravamente, tanto atuando na segurança como na defesa dos servidores municipais", afirmou o prefeito Chico Brasileiro, desejando força à família.