Diakhaby quebra silêncio após ser alvo de racismo: 'Doeu muito'

Zagueiro do Valencia disse que não voltaria a campo mesmo se Juan Cala, do Cádiz, pedisse desculpas, e cobrou sanções à liga espanhola

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  • Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2021 às 16:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Valencia CF/Twitter

O zagueiro Mouctar Diakhaby, do Valencia, confirmou nesta terça-feira (6) que foi alvo de um insulto racista por parte de Juan Cala, jogador do Cádiz, e pede sanções à liga espanhola. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o francês recordou o incidente na partida realizada no último domingo (4), em Cádiz, pelo Campeonato Espanhol, e lamentou a atitude do rival, que considera intolerável no futebol.

"Quero falar do que se passou em Cádiz no domingo (4). Depois de dois dias, estou tranquilo e quero falar. Durante o jogo, um jogador me insultou de forma racista. Isso é intolerável e todos viram a minha reação. Não pode acontecer na vida isso, sobretudo no futebol que é um esporte de respeito. Hoje me sinto bem, mas me doeu muito. Há coisas assim na vida. Espero que a La Liga tome uma posição e aplique sanções para que a situação fique clara", afirmou.

Diakhaby explicou que decidiu sair de campo com os seus colegas de equipe e que o Cádiz sugeriu retomar o jogo caso Cala pedisse desculpa, um pedido recusado pelo Valencia.

"Eu e os meus companheiros decidimos sair de campo, era uma boa decisão. Depois, um jogador deles nos pediu para voltar ao campo se o Cala pedisse desculpa, mas dissemos que não porque as coisas não são assim. Não pode pedir desculpa e tudo está resolvido", comentou.

Diakhaby abandonou o gramado aos 29 minutos do primeiro tempo, assim como os seus colegas de equipe. O jogo foi retomado cerca de 20 minutos depois, mas já sem Diakhaby, que foi substituído. Cala continuou em campo e até marcou um dos gols da vitória do Cádiz por 2x1.

Na segunda-feira (5), Cala já havia se pronunciado brevemente sobre o ocorrido. "Estou tranquilo. Não vou me esconder. Estou muito tranquilo. Parece que não há presunção de inocência neste país", disse.