Dono da Precisa acusa empresa dos Emirados Árabes de fraudar documentos da Covaxin

Apontado como responsável pela falsificação, Francisco Maximiano nega autoria e culpa empresa estrangeira

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  • Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2021 às 18:49

- Atualizado há um ano

. Crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado

Francisco Maximiano, sócio-proprietário da Precisa Medicamentos, responsabilizou a Envixia Pharmaceuticals, localizada nos Emirados Árabes, por falsificar documentos entregues ao Ministério da Saúde no contrato da vacina indiana Covaxin.

A acusação foi feita durante seu depoimento na CPI da covid-19 nesta quinta-feira (19). O empresário afirmou que, em meio às acusações de fraude, viajou à Índia para tentar reverter o cancelamento do contrato entre a Precisa e a Bharat Biotech, fabricante do imunizante.

“Fui à Índia apresentar as evidências e as provas de que recebemos os documentos da Envixia, um parceiro deles, eleito no processo por eles”, disse.

Ao ser questionado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) da aparente denúncia de fraude, Maximiano confirmou a acusação.   Nos documentos indicados como fraudulentos, a Precisa foi apontada como “representante legal e exclusivo” da Bharat Biotech nas negociações de aquisição da Covaxin pelo governo brasileiro. Segundo o G1, o próprio laboratório indiano negou a autoria da documentação e encerrou o contrato com a Precisa.   A Controladoria-Geral da União (CGU) também constatou que há documentos falsos na documentação entregue ao governo.