'Ele disse que tinha depressão e queria morrer', diz pedreiro feito refém no metrô

Caso ocorreu na estação do Acesso Norte

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  • Gil Santos

Publicado em 22 de janeiro de 2020 às 18:03

- Atualizado há um ano

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Foto: Reprodução Um homem fez um passageiro do metrô refém por cerca de duas horas na tarde desta quarta-feira (22). De acordo com a polícia, ele desceu de um dos vagões na estação Acesso Norte, por volta das 16h, armado com um facão, e tentou sequestrar uma mulher, que correu e conseguiu fugir. 

Em seguida, o homem imobilizou outro passageiro, um pedreiro que estava voltado do serviço. Com o facão apontado para o pescoço da vítima, ele permaneceu alguns minutos na plataforma da estação. A primeira dupla de policiais militares que chegou ao local convenceu o sequestrador a subir para o segundo piso. Ele e a vítima ficaram na sala de primeiros socorros, enquanto do lado de fora policiais tentavam negociar.  

A negociação durou, aproximadamente, duas horas até que o homem foi convencido a liberar o refém. A vítima, identificada como Júlio César, foi liberada sem ferimentos. Ele contou que trabalha como pedreiro e que tinha ido fazer um serviço quando foi pego de surpresa ao sair do metrô. Durante o tempo que esteve refém, o criminoso disse para ele que estava depressivo."Ele disse que tinha depressão e só queria morrer, só queria que alguém atirasse nele".O criminoso deixou o local cerca de 10 minutos depois de Júlio César, com a cabeça coberta por uma roupa preta. Antes, ele recebeu atendimento médico de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). 

Segundo passageiros, a confusão começou na plataforma, assim que o metrô parou e a vítima teria sido escolhida aleatoriamente. Policiais militares começaram a negociação ainda na plataforma e convenceram o homem a subir para o segundo piso. Equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Samu chegaram em seguida.

Ao CORREIO, a PM informou que foi acionada por volta das 16h40 por seguranças da CCR Metrô e que, após ação conjunta entre policiais da 1ª Companhia Independente da PM (CIPM/Barris) e do Bope, o caso foi resolvido. Acrescentou ainda que a vítima e o agressor foram levados para a Central de Flagrantes, onde a ocorrência será registrada.

Já a CCR Metrô Bahia informou em comunicado que "a concessionária está dando todo o apoio às autoridades policias neste caso". O serviço segue funcionando normalmente no metrô.

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