Ele não para: João Victor esteve em 95% dos jogos do Leão em 2020

Entre as 21 partidas em que o Vitória usou o time principal, o zagueiro participou de 20 duelos

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  • Giuliana Mancini

Publicado em 9 de setembro de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Pietro Carpi/EC Vitória

Há pouco mais de um ano, o zagueiro João Victor chegava ao Vitória, via empréstimo pelo Santa Cruz. Em 2019, só atuou uma única vez no time principal, quando saiu do banco de reservas para disputar a última partida da Série B, a derrota de 2x1 para o Coritiba com o Leão já sem pretensão no torneio.

O cenário, porém, está completamente mudado em 2020. Comprado pelo rubro-negro em dezembro passado, o jogador de 23 anos se tornou peça fundamental da equipe. Tão importante que apareceu em 20 de 30 partidas disputadas. Com um detalhe: 9 ausências aconteceram pelo Campeonato Baiano, em que era utilizado o time B, de aspirantes. Dessa forma, se forem levados em consideração apenas os duelos do Leão na Copa do Brasil, Copa do Nordeste e Série B, os números ficam impressionantes: são 20 participações em 21 confrontos - 95% dos compromissos.

A única vez em que João Victor não entrou em campo ocorreu na derrota para o Ceará por 4x3, no Barradão, na partida de volta da terceira fase da Copa do Brasil. Mas não por uma decisão do técnico Bruno Pivetti: na ida, ainda em março, sob o comando de Geninho, o zagueiro segurou Vinícius quando o meia do Ceará saía livre em direção ao gol rubro-negro. O árbitro viu e deu cartão vermelho para o defensor, aos 41 minutos do segundo tempo.

Entre as 20 aparições, essa, aliás, foi a única em que João Victor não esteve em campo ao longo dos 90 minutos mais acréscimos. Levou dois cartões amarelos (ambos pelo Nordestão) e, no duelo passado, no 4x2 sobre o Cuiabá, no Barradão, marcou seu primeiro gol.

“Espero que seja o primeiro de muitos. Graças a Deus fiz o primeiro gol neste clube gigante. E com o pé, né? Difícil zagueiro fazer gol com o pé, normalmente é de cabeça”, comemorou. No lance, ele pegou rebote dado pelo goleiro após chute de Carleto.

Ao longo das partidas, João Victor fez dupla de zaga com John, Maurício Ramos, Gabriel Furtado e Wallace. Para ele, todos estão “jogando em alto nível” e “preparados fisicamente”. Mas o jogador confessou que o desgaste começou a bater. Desde que a Série B foi iniciada, o Vitória disputou um jogo a cada três dias, em média. 

“A gente não tem tempo para treinar. Busca ver os vídeos que o professor Bruno passa no dia seguinte, para ver o que tem que consertar. Essa maratona está sendo bastante cansativa. É bom que quem estiver no banco já esteja preparado, porque uma oportunidade vai chegar”, admitiu.

A maior janela acontece justamente agora, com quase uma semana entre a partida com o Cuiabá, sábado passado, e a com o Cruzeiro, marcada para sexta (11), às 21h30, no Mineirão, em Belo Horizonte.

Porém, na segunda-feira (14), às 20h, o Leão já tem um novo compromisso em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, já que a disputa contra o Juventude, que aconteceria só no dia 19, foi antecipada.

Além de João Victor, apenas um jogador foi titular em todos os oito jogos da Série B feitos pelo Vitória, sem ser substituído: o goleiro Ronaldo.

Média de gols Somando os 20 jogos em que João Victor esteve em campo ao longo de 2020, o Vitória sofreu 16 gols, uma média de 0,8 por partida. Se levado em consideração o número de vezes que o Leão foi vazado na Série B, a média aumenta: um gol sofrido por jogo.

“Já começamos a trabalhar, essa semana, o sistema defensivo. A gente vem se cobrando ali atrás. Não podemos tomar gol bobo, e isso vem acontecendo. Nós da linha de quatro (zagueiros e laterais) estamos trabalhando para isso”, afirmou.