'Ele não tinha problema com ninguém', diz amigo de pastor morto em Tancredo Neves

Caso é apurado pela 2ª DH/Central, que ainda não tem suspeitas sobre autoria e motivação do crime

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  • Wendel de Novais

Publicado em 21 de junho de 2021 às 19:35

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

O pastor e empresário Josué da Silva Vitorino, 41 anos, foi assassinado no início da noite de domingo (20) no bairro de Tancredo Neves. Ele estava dentro de um carro Honda HRV quando três homens se aproximaram em um outro veículo e efetuaram vários disparos. A vítima não resistiu e morreu no local. A Polícia Civil informou que a autoria e a motivação do crime serão apuradas pela 2ª DH/Central.

O crime aconteceu por volta das 18h30, na Rua Pernambuco. Segundo a PC, Josué foi baleado em frente a uma farmácia. A polícia ainda não sabe o que Josué estava fazendo no local. Informações dão conta de que a vítima morava nas imediações da Avenida Paralela. Além da igreja em que era pastor, Josué, mais conhecido como Joca no bairro onde nasceu e cresceu, deixa também a empresa Realizza, que atua no ramo de proteção veicular. Ele era solteiro, mas deixa um filho de 10 anos.

De acordo com amigos e familiares, Joca era uma pessoa tranquila, alegre e sem problema com ninguém, Eles não conseguem assimilar que ele foi morto de maneira tão violenta.  "Ninguém esperava uma situação dessa. Todo mundo tá em choque, ele era tão querido, nasceu e cresceu no bairro e você não via ele discutindo ou brigando. A gente não imaginava nem por um segundo isso acontecendo, logo com Joca", conta um amigo, que preferiu não se identificar. 

Serenidade Outro amigo, que também preferiu não revelar o  nome, disse que Joca era uma das pessoas mais tranquilas com quem já teve contato. "Rapaz, se você conversasse com ele e fosse uma pessoa mais elétrica, você teria até agonia da tranquilidade dele. Joca tinha uma fala mansa, calma. Era uma pessoa diferente mesmo, não era o tipo de pessoa que criava briga, não", destaca.  Josué foi descrito por amigos como uma pessoa tranquila e querida no bairro de Tancredo Neves (Foto: Reprodução) Ainda de acordo com um amigo, além da calma característica, o pastor era uma pessoa muito querida em Tancredo Neves, o que tornou a forma como a vítima foi assassinada uma surpresa para todos. "A gente via que ele era um cara trabalhador, querido pela população. Nascido e criado em Tancredo Neves, não tinha nenhum envolvimento com crime. Tanto o povo gostava dele que ele até se arriscou na política e a gente fez campanha por ele, assim como muita gente de lá", lembra. 

Perguntado se o pastor poderia ter sido morto por alguém que tinha problemas com ele, o amigo descartou na hora e afirmou que o fato de ele ter sido surpreendido pelos três homens mostra que Joca não tinha briga com ninguém. "A pessoa que deve, que sabe que está em risco ou brigou com alguém perigoso não fica assim exposto, tranquilo na frente da farmácia. Pela forma que tudo aconteceu, ele nem sabia o que poderia causar isso", declara.

Um dos amigos ouvidos pela reportagem lamentou a perda. "Uma pessoa muito grande que perdemos, a gente achava ele tão bom e ele vai fazer uma falta enorme", afirma.

O corpo de Joca foi enterrado ainda na tarde desta segunda-feira (21), no Bosque da Paz, em Trobogy.

*Sob supervisão da chefe de reportagem Perla Ribeiro