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Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2022 às 11:36
- Atualizado há 2 anos
Um caso que chocou a população da Itália e agora do mundo inteiro. Um homem registrou o primeiro caso de infecção simultânea pela covid-19, varíola dos macacos e HIV. O paciente tem 36 anos e foi diagnosticado com as doenças em julho deste ano.>
Em setembro do ano passado, ele recebeu a informação que deu negativo para o teste que tinha feito para o vírus HIV. Dez meses depois, ele retornou ao mesmo hospital e recebeu o diagnóstico para as três doenças, de acordo com o relato publicado pelos médicos da Universidade de Catania, para a revista científica Journal of Infection.>
Ele passou cinco dias na Espanha a passeio e teve relações sexuais sem camisinha. No nono dia, ele sentiu sintomas como febre, dores de garganta, fadiga, dores de cabeça e inchaço dos linfonodos. No dia 2 de julho, deu positivo para a Covid-19. Na tarde daquele mesmo dia, ele desenvolveu irritações na pele do braço esquerdo. >
No dia seguinte, bolhas dolorosas com lesões e uma característica única do vírus monkeypox apareceram no torso, nos membros inferiores, na face e nos glúteos. Com a situação ficando complicada, ele retornou à emergência. >
No internamento, após suspeitas dos médicos, ele realizou teste para a varíola dos macacos, covid-19 e HIV-1, recebendo positivo para as três doenças simultaneamente, um caso raro para as doenças atuais.>
Os sintomas passaram, mas os vírus permaneciam em seu corpo. O homem deu início ao tratamento para HIV. >
“Este caso destaca como os sintomas da varíola dos macacos e da covid-19 podem se sobrepor e corrobora como em caso de coinfecção a coleta anamnésica (histórico clínico de sintomas do paciente) e os hábitos sexuais são cruciais para realizar o diagnóstico correto. (...) Nosso caso enfatiza que a relação sexual pode ser a forma predominante de transmissão. Portanto, a triagem completa de ISTs é recomendada após o diagnóstico de varíola dos macacos. De fato, nosso paciente testou positivo para HIV-1 e, dada sua contagem de CD4 preservada, poderíamos supor que a infecção era relativamente recente”, escreveram os autores do relato. >