Em vídeo, Amado Batista convoca para ato contra os que 'travam a vida' de Bolsonaro

Ao som do Hino Nacional, cantor não cita diretamente o STF

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  • Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2021 às 14:47

- Atualizado há um ano

Depois do sertanejo Sérgio Reis, foi a vez do ícone brega Amado Batista convocar para um ato em protesto contra os que "travam a vida" do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em um vídeo publicado nas redes sociais, o cantor goiano convocou o povo para um ato marcado para o dia 7 de setembro.

Ao som do Hino Nacional, Amado convoca os apoiadores a irem para as rua no Dia da Independência do Brasil. “Olá Brasil, acorda! Estaremos juntos nas ruas em favor do Brasil, em favor da nossa liberdade, em favor do nosso capitão, presidente. Aliás, nós o elegemos para isso, para que ele pudesse dar um rumo novo a esse país, virasse um primeiro mundo, que é o que todos nós sonhamos”, diz.

Veja a publicação original, feita pela vice-presidente nacional do PTB, Graciela Nienov:

Na gravação publicada na noite desta quinta-feira (19), o cantor não cita diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que há “vários corruptos travando a vida” do  presidente e que, por isso, é preciso sair em sua defesa.

Cantores contra o Supremo Amado não é o único. No último sábado (14), o cantor Sérgio Reis publicou um vídeo convocando uma greve geral dos caminhoneiros para pressionar os ministros do STF. 

"Se em 30 dias não tirarem os caras [ministros] nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria", diz ele.

Após a repercussão negativa, a mulher dele, Angela Bavini, conversou com a coluna de Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, e disse que o marido não tem intenções golpistas e foi "mal interpretado".

"Ele está muito triste e depressivo porque foi mal interpretado. Ele quer apenas ajudar a população. Está magoado demais", afirma Angela.

Mesmo voltando a negar a incitação ao crime outras vezes nos últimos dias, o cantor não conseguiu escapar das investigações e virou alvo de uma representação criminal assinada por 29 subprocuradores-gerais da República.

Com a denúncia, a Polícia Federal cumpriu, nesta sexta (20), mandados de busca e apreensão em ao menos quatro endereços no Rio e em Brasília ligados ao cantor.

De acordo com a PF, o objetivo das medidas "é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes".