Embaixadores de 47 países chegam a Salvador para discutir negócios

Os diplomatas participaram de reuniões com empresários baianos

Embaixadores de países árabes e africanos desembarcaram em Salvador nesta terça-feira (19) trazendo na bagagem propostas e oportunidades de investimentos para serem apresentados a empresários baianos. Na manhã desta quarta (20), parte dos 47 diplomatas estiveram presentes na sede do Senai Cimatec, na avenida Orlando Gomes, em Piatã, para um encontro em que foram apresentadas oportunidades de comércio.

Na terça, durante uma reunião entre os embaixadores e autoridades baianas, surgiu a proposta para criação em Salvador de um centro de cultura de integração entre os países. A informação é do Diretor Geral da Câmara ÁrabeBrasileira, Michel Abdo Alaby. Segundo ele, ainda não há previsão para a inauguração do espaço.

Ainda segundo Michel, a vinda dos diplomatas à Bahia tem também a intenção de estreitar os laços e apresentar oportunidades existentes para empresários brasileiros discutindo formas de ampliar o intercâmbio comercial."A importância dessa visita é estreitar relações e tentar buscar novos caminhos para desenvolver não só o comércio, mas, também, investimentos à cultura e o turismo", explicou o diretor.  Os diplomatas são da Palestina, Kuwait, Líbia, Argélia, Iraque, Mauritânia, Egito, Marrocos, Tanzânia, Jordânia, Tunísia, Omã, Sudão, Camarões, Costa do Marfim, Cabo Verde, Mali, Namíbia, Malauí, Gana, Angola, Botsuana, Zâmbia e Togo.

Importação e Exportação A Liga Árabe, formada por 23 países, foi responsável por exportar para Bahia, em 2017, cerca de R$ 1 bilhão em produtos, número que representa um aumento de 26% em relação a 2016. A maior parte dos produtos que chegam por aqui é combustíveis minerais e óleos minerais 

Já a Bahia exportou para os países árabes algo em torno de U$ 84 milhões em produtos como pérolas naturais, pedras preciosas, café, chá mate e especiarias. Um aumento de 21% em relação a 2016. Juntos, o Brasil e a Liga Árabe têm Produto Interno Bruto (PIB) de U$ 4,29 trilhões. 

Oportunidades De acordo com Ângelo Calmon de Sá Junior, vice-presidente e coordenador do Conselho de Comércio Exterior da Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), essa também é uma chance de mostrar para os países oportunidades de negócios desenvolvidos na Bahia, como, por exemplo, a energia eólica e fotovoltaica. A Fieb desenvolve pesquisas com essas tecnologias.

 A grande vantagem da Bahia, de acordo com vice-presidente, é que, por aqui, temos regiões áridas, onde as correntes são forte e a incidência de luz quase que constante. "Temos a capacidade de produção para qualquer empresa que queira invesitr em energia eólica em nosso estado. Isso dá uma vantagem competitiva muito grande ao estado e todos esses países enxergam isso. É uma questão de troca", explica Ângelo. * Com supervisão da subeditora Carol Neves

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