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Em julho, companhia chegou a acordo com a americana Boeing
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2018 às 23:00
- Atualizado há um ano
O diretor presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, afirmou nesta terça-feira (30), que não tinha a clareza, alguns meses atrás, que a decisão do acordo de venda de 80% da operação de jatos comerciais da brasileira à americana Boeing seria dividida pelo presidente Michel Temer (MDB) com o próximo governo, do agora eleito Jair Bolsonaro (PSL).“Agora, está claro que o presidente Temer quer compartilhar o nosso pedido de aprovação ao acordo com a nova administração”, disse, em teleconferência.A afirmação respondeu à dúvida de uma analista sobre a mudança da dinâmica no lado do governo, que precisa dar aval à joint venture.
De acordo com notícias da imprensa, a equipe de transição de Bolsonaro passará a participar das conversas sobre a transação.
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Silva reiterou novamente a expectativa de conseguir aprovação do governo e de acionistas para a operação ainda neste ano.
O processo deve ser encaminhado a órgãos antitruste em 2019, e a empresa espera que a parceria com a Boeing se torne efetiva no segundo semestre do próximo ano, uma vez que precisará passar pelo crivo de órgãos antitruste tanto no Brasil quanto no exterior.
A Embraer fechou em julho a venda de 80% de sua divisão de aviação comercial à Boeing.
O negócio cria uma nova companhia, avaliada em US$ 4,8 bilhões (R$ 19 bilhões), na qual a brasileira terá 20% de participação.
Com a venda, a Embraer receberá US$ 3,8 bilhões e lhe restará apenas suas áreas de defesa e jatos executivos - que historicamente têm menor participação nos resultados da companhia.