Empresa será autuada por paralisação dos ônibus nesta quarta-feira (17)

​​​​​​​Representante do Consórcio Integra diz que haverá recurso

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  • Carol Aquino

Publicado em 16 de maio de 2018 às 17:02

- Atualizado há um ano

A empresa OT Trans, da qual fazem parte dos 900 ônibus que não saíram das garagens no início da manhã desta quarta-feira (17), será autuada por descumprimento de horários. Como a penalidade é de 740 reais por veículo que deixou de circular, o total a ser pago é de R$ 666 mil reais. Ainda cabe recurso da decisão.

Segundo o assessor de relações sindicais do Consórcio Integra, Jorge Castro, eles pretendem recorrer da autuação. “Isso não fomos nós que causamos, foi o sindicato dos trabalhadores (Sindirodoviários) num ato político”, disse, sobre a paralisação da manhã desta quarta.  O movimento durou quase cinco horas e causou longos congestionamentos pela capital baiana.

De acordo com a categoria, a paralisação foi uma forma de pressionar o sindicato patronal para negociar os salários da categoria. Uma rodada de negociação entre representantes da categoria e dos empresários que ocorreu às 10h desta quarta-feira, no Ministério Público do Trabalho (MPT).

Sem acordo Mais uma vez, as partes não chegaram a um acordo e uma nova rodada de negociação foi marcada para a próxima segunda-feira (21). “Continuamos no mesmo ponto. Os empresários mantiveram a mesma proposta, de querer retirar direitos, de demissão de cobradores, trocar o pagamento de horas extra por banco de horas, retirar um domingo de folga do trabalhador. E isso nós não vamos aceitar”, disse Daniel Mota, diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários. Os rodoviários pedem ainda o reajuste salarial e do ticket alimentação.

Jorge Castro relata que as negociações estão difíceis este ano. “Está complicado, por causa da crise econômica. Mas vamos ter uma reunião na segunda e ver no que vai dar”, disse o representante da Integra. 

Nesta quinta-feira (17) os rodoviários farão assembleia pela manhã, e à tarde, 15h30, uma caminhada pelo Centro da cidade. Daniel Mota assegurou que os ônibus não serão retirados da circulação. “Será uma manifestação pacífica”, completou.