Empresário preso por sonegar R$ 12 mi tem passagem por formação de quadrilha

Operação mira empresas de Irecê

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  • Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2021 às 11:54

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Um proprietário de empresas supermercadistas em Irecê foi preso na manhã desta quinta-feira (29), após deflagração da Operação Marca-Passo. O comerciante é acusado de sonegar cerca de R$ 12 milhões em impostos. Nas buscas, foram encontrados na residência dele quatro armas sem registros, diversas munições e documentos. 

O empresário já acumula passagens na polícia pelos crimes de furto qualificado, formação de quadrilha e receptação - pelo qual cumpriu pena em regime fechado por oito meses. 

A ação foi realizada pela Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Ceccor-LD/Dececap) do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), pelo Ministério Público Estadual e pela Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia.   

Os cinco mandados de busca e apreensão, expedidos pela comarca de Irecê, foram cumpridos nos estabelecimentos comerciais do proprietário. "O resultado da busca foi muito exitosa: conseguimos encontrar documentos que permitirão aprofundar a investigação. Além do mais, foi possível a localização de um importante armamento, sem o registro devido, razão pela qual o investigado será autuado em flagrante por posse ilegal dessas armas", relatou o diretor do Draco, delegado José Alves Bezerra Júnior. 

Já a delegada Nayara Brito, Núcleo Fiscal da Dececap, conta como o crime se baseava. "O investigado principal utilizou a estratégia de criar de forma sucessiva empresas com razões sociais diferentes em nome de terceiros, 'laranjas', mas com nomes fantasias e endereços similares, para manter a mesma clientela, o mesmo fundo de comércio, crédito com fornecedores, valor da marca e ponto comercial. Inclusive, o investigado principal e a esposa passaram a ser registrados como empregados dos estabelecimentos, sendo que são os verdadeiros proprietários", explicou.

A operaço é resultado das ações do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), do qual o Ministério Público estadual faz parte, com a participação da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP). A força-tarefa é formada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica, as Relações de Consumo, a Economia Popular do MP (Gaesf); a Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), da Sefaz; e a Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Ceccor/LD/Dececap/Draco) da SSP.