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Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2019 às 11:59
- Atualizado há 2 anos
O empresário Rafael Carvalho, responsável por ter intermediado a negociação de Damián Escudero com o Vitória, procurou o CORREIO na manhã desta quinta-feira (4) para rebater a entrevista que o meia concedeu ao jornal, publicada na edição impressa e no site nesta quinta.>
Em sua versão, Carvalho afirma que o salário oferecido ao argentino - R$ 35 mil mais R$ 2 mil por partida disputada - foi acertado desde a chegada do Escudero à Toca do Leão, no final de fevereiro, contrariando assim o que o meia disse ao CORREIO.>
"Tivemos uma reunião na última segunda-feira (1º) na qual o clube apresentou a proposta que o atleta já tinha conhecimento, de R$ 35 mil fixos mais R$ 2 mil de produtividade por jogo, sem luvas e com cláusula de rescisão de R$ 1,5 milhão. O atleta aceitou inicialmente a proposta salarial, mas rejeitou a cláusula de rescisão e queria que o clube reduzisse para zero", publicou.>
Os empresários ainda dizem que o acordo não foi fechado porque o atleta fez diversos pedidos, exigindo ao final um valor de R$ 50 mil em luvas, que o Vitória não conseguiu oferecer.>
"Ao sair do Barradão, informamos a Escudero que cederíamos a nossa comissão de R$ 22 mil a ele para que assinasse o contrato, algo que ele concordou e fechamos ali o negócio, já que ele insistia em receber o dinheiro das luvas na assinatura, se mostrando intransigente neste ponto", publicou.>
A nota segue: "todavia, o atleta, ao conversar com o presidente, chateou-se ao saber que o clube só tinha condições de pagar a comissão (que seria nossa) em 2 parcelas de R$ 11 mil, uma na assinatura do contrato e outra no final do mês e, por conta própria, se retirou da sala e foi embora para o hotel [...], utilizando as redes sociais para divulgar que havia desistido do negócio".>
Na última quarta-feira (3), o CORREIO já havia entrado em contato com os empresários para rebater as acusações da nota publicada por Escudero nas redes sociais. Naquela ocasião, porém, Carvalho não quis entrar em detalhes.>
Confira, na íntegra, a nota de esclarecimento que a empresa Salvador Soccer enviou ao CORREIO:>
Gostaríamos de esclarecer que o negócio entre Escudero e Vitória foi, desde o mês de dezembro/2018, conduzido pela nossa empresa. Inicialmente, o clube ofereceu 35 mil reais de salário mais produtividade por jogo e o atleta exigia 70 mil reais.>
Não houve acordo.>
No final de janeiro/2019, o atleta reduziu a pedida salarial para 50 mil reais mensais, mas o clube rejeitou a proposta e manteve os 35 mil reais mensais mais produtividade por jogo como proposta.>
Também não houve acordo.>
Em fevereiro/2019, quando o atleta não tinha mais clubes interessados, o agente José Luiz Galante (que o atleta nos informou não ser o seu agente, pois não tinha qualquer contrato assinado com o mesmo) nos informou que ele aceitaria a proposta de 35 mil reais fixos mais produtividade por jogo.>
Ocorre que, neste momento, o presidente do Vitória não teve interesse em contratar o jogador sem que, antes, ele fizesse uma espécie de pré-temporada, solicitando que o atleta passasse 30 dias fazendo treinos no clube, sem qualquer custo para o Vitória, para após ser apresentada a proposta de 35 mil reais fixos de salário mais uma produtividade.>
O atleta chegou em Salvador num sábado, antes do carnaval, e passou um total de 45 dias hospedado no Hotel Mercure, com todos os custos bancados integralmente pela nossa empresa, apenas assumindo ele os custos com alimentação e transporte, já que ficou constatada uma lesão na lombar que atrasou a sua recuperação em 15 dias, lesão esta que o atleta escondeu da nossa empresa e do clube, nos pegando de surpresa! Ressalte-se que o atleta tinha pleno e total conhecimento da proposta de 35 mil reais fixos mais produtividade, tanto ele quanto o agente José Luiz Galante, não sendo correto ele vir a público dizer que não sabia da proposta.>
Após alguns adiamentos solicitados pelo clube, tivemos uma reunião na última segunda-feira na qual o clube apresentou a proposta que o atleta já tinha conhecimento, de 35 mil reais fixos mais 2 mil reais de produtividade por jogo, sem luvas e com cláusula de rescisão de 1,5 milhão de reais. O atleta aceitou inicialmente a proposta salarial, mas rejeitou a cláusula de rescisão de 1,5 milhão de reais e queria que o clube reduzisse para Zero, ou seja, ele queria sair de graça a qualquer momento, algo que Chico Salles afirmou expressamente não concordar!>
Saímos do Barradao 23h, sem consenso, Escudero nos disse que iria “pensar”.>
Na terça-feira, o atleta nos pediu para conversar pessoalmente com o presidente antes de termos uma reunião, algo que não nos opomos. Após a reunião dele com o presidente, ficamos sabendo que o atleta havia aceitado a proposta com a cláusula de rescisão de 1,5 milhões de reais, mas agora queria Luvas de 50 mil reais!>
Ou seja, ele alterou a pedida sem nos consultar antes!>
Presidente aceitou o pedido e tentou viabilizar com propostas de Marketing, chamando o diretor de Marketing, Anderson Nunes, para nos ajudar. Ficamos até 23:30h da terça-feira no Barradao aguardando o clube levantar os 50 mil reais que Escudero pediu de Luvas, mas não se chegou a um acordo com uma empresa que faria o patrocínio master.>
Ao sair do Barradao, informamos a Escudero, no jantar, que cederíamos a nossa comissão de 22 mil reais a ele para que pudesse assinar o contrato, algo que ele concordou e fechamos ali o negócio, já que ele insistia em receber o dinheiro das Luvas na assinatura, se mostrando intransigente neste ponto.>
Na quinta-feira, pela manhã, o presidente solicitou que ele fosse ao clube assinar contrato e resolver o registro com Mário Silva, pois Escudero havia perdido a sua Carteira de Trabalho.>
Todavia, o atleta ao conversar com o presidente se chateou em saber que o clube só tinha condições de pagar a comissão (que seria nossa) em 2 parcelas de 11 mil reais, 1 na assinatura do contrato e outra no final do mês e, por conta própria, se retirou da sala e foi embora para o Hotel, sem sequer nos consultar a respeito, utilizando as redes sociais para divulgar que havia desistido do negócio.>
Agora, numa atitude desrespeitosa e antiprofissional, quer colocar a culpa do seu insucesso no negócio no clube e nos intermediários.>
Sabíamos desde o início que o negócio poderia acontecer ou não e, infelizmente, as partes não chegaram a um acordo.>
Vida que segue.>
Atenciosamente,>
Salvador Soccer (Rafael Carvalho, Jorge Wagner e Raphael Pitombo)>