Empresas defendem melhora de sistema de monitoramento de queimadas

CEBDS destaca que empresas entendem que desenvolvimento sustentável é caminho

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  • Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2019 às 15:17

- Atualizado há um ano

. Crédito: AFP

O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), grupo que reúne grandes empresas, divulgou nesta sexta-feira (23) uma nota em que defende um aprimoramento no sistema de controle e monitoramento de queimadas na Amazônia, "para zerar o desmatamento ilegal no curto prazo". 

No texto, a empresa lembra que suas empresas representam faturamento equivalente a 45% do PIB do país. O controle do desmatamento é apontado como opção de menor custo para redução de emissões de gases de efeito estufa. "Aliar instrumentos financeiros, inclusive precificação de carbono e mecanismos internacionais de compensação financeira, é fundamental para a viabilidade de tais estratégias", diz a nota.

O conselho destaca ainda que a preservação da Amazônia não é um tema controverso e que as empresas, inclusive do agronegócio, entendem que que o desenvolvimento sustentável é o caminho a ser seguido.

Leia a nota na íntegra:

O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), em nome de suas empresas associadas que representam faturamento equivalente a 45% do PIB nacional, defende o aprimoramento dos sistemas de controle e monitoramento para zerar o desmatamento ilegal no curto prazo na Amazônia e em todos os biomas, e reduzir o desmatamento legal.

Essa é uma das 10 propostas entregues ao atual Governo numa Agenda CEBDS para um País Sustentável, alinhada no Conselho de Líderes do CEBDS, que conta com a participação dos CEOs de 60 grandes grupos empresariais do País. Para o CEBDS, o controle do desmatamento é a opção de menor custo (privado e social) para a redução de emissões de Gases do Efeito Estufa no Brasil. Aliar instrumentos financeiros, inclusive precificação de carbono e mecanismos internacionais de compensação financeira, é fundamental para a viabilidade de tais estratégias. 

O CEBDS também defende que, além de evitar os custos de mitigação para setores produtivos, combater o desmatamento precisa estar no centro da agenda estratégia não só de governos, mas do País, para o enfrentamento da mudança do clima e por todos os benefícios decorrentes da conservação dos biomas brasileiros, como as oportunidades de negócios da bioeconomia, e da valorização do patrimônio histórico cultural brasileiro.

Por fim, é preciso frisar mais uma vez que não existe controvérsia entre produzir e preservar. As empresas de vanguarda em todos os setores produtivos, especialmente no agronegócio brasileiro, já reconhecem o caminho do desenvolvimento sustentável e as boas oportunidades de negócios geradas a partir das melhores práticas no âmbito social e ambiental.