Entenda o Blockchain: Conceito antigo e tecnologia dos anos 70

Saiba mais sobre um dos termos mais importantes da atualidade!

Publicado em 13 de dezembro de 2021 às 11:22

- Atualizado há 10 meses

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Embora o termo Blockchain esteja ficando cada vez mais conhecido e compreendido como algo bastante novo, o sistema relacionado ao conceito é bem antigo e data de 1494. Segundo o site Financial Move, o precursor foi um frei franciscano, chamado Luca Pacioli.

O padre, nascido em 1445 e falecido em 1517, foi o responsável pelo desenvolvimento dos primeiros estudos de matemática utilizados em contabilidade.

Sua inspiração nasceu da observação das feiras livres, que já ocorriam naquele tempo e eram algumas das principais formas de comércio. Foi através dessa observação que ele passou a compreender o “Método das Partidas Dobradas”, utilizado até hoje como sistema padrão universal de débito e crédito.

A ideia inicial nada tinha a ver com internet ou investimentos em criptoativos, mas de ser um livro de razão “ledger”, que disponibilizava as informações relacionadas a créditos e débitos de uma forma ordenada, promovendo um balanço de ativos tangíveis e intangíveis e compondo um balanço final.

Esse tipo de livro, hoje, é obrigatório para a grande maioria dos negócios e, em muitíssimos casos, é um livro físico, palpável e tangível, com todas as informações de entradas e saídas de uma empresa.

Esse conteúdo pode (e deve) ser digitalizado, arquivado e utilizado de forma tecnológica, porém, essa realidade não atinge todos os países, estados e cidades, e mesmo nos locais menos desenvolvidos tecnologicamente, a gestão de ativos de uma empresa, funciona da mesma forma, utilizando os dados dos balanços, por exemplo.

A digitalização e transmissão online das informações aceleraram os processos de gestão, mas juntamente com todos os benefícios relacionados à tecnologia, surgiu uma questão cada vez mais preocupante para a sociedade moderna: a segurança digital.

Segundo informações do site HB Marketing: “Quanto mais se torna comum realizar transações financeiras como compras, vendas, transferências de valores e utilização de internet banking, maior fica o interesse de pessoas e grupos mal intencionados de invadir equipamentos, contas, roubar informações e cometer outros tipos de crimes”.

Devido ao aumento do perigo da exposição de informações contábeis e financeiras na internet, Horst Feisel, da IBM, criou, em 1971, um algoritmo de criptografia chamado Lucifer. Sua base era um nível de segurança elevado, com chaves capazes de codificar e decodificar informações.

3 anos depois, um grupo da própria IBM aprimorou o algoritmo, com o objetivo de aumentar sua segurança. Foi assim que surgiu o DataEncryption Standard (DES).

Em 1981, 10 anos após a criação de Lucifer, a American Standard Instituition adotou o DES com o nome de Data EncryptionAlgorithm (DEA), substituindo o curioso nome inicial e tornando o DES o principal algoritmo de chave única.

Nesta fase, o objetivo da American Standard Instituition não era apenas renomear o algoritmo, mas sim, fazer dele um padrão para cifragem e procedimentos bancários e transações financeiras.

Ainda que ninguém ouvisse falar em criptografia ou blockchain nos anos 80, o sistema de base já existia há séculos e a própria tecnologia já tinha mais de 10 anos de desenvolvimento.

Embora até hoje as pessoas acreditem que existe muita insegurança envolvendo operações dentro do Blockchain por ser algo inovador e “muito recente”, a verdade é que, o que existe hoje são adaptações de algo bastante antigo e que já funciona há muito tempo, tendo sedesenvolvido e melhorado ao longo de centenas de anos, em matéria de sistema lógico e há dezenas de anos, em matéria de tecnologia.

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