Entenda o que são startups

Especialistas explicam como essas empresas se formam

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  • Fernanda Santana

Publicado em 14 de julho de 2018 às 05:56

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Um grupo de pessoas está mobilizado a desenvolver um modelo de negócio diferente, movido a incertezas. Todos estão munidos pelo desconforto. Sim, neste caso, não basta fazer bem, é preciso fazer além do que já foi feito. Nasce, então, uma startup. Pelo menos é assim que Flávio Marinho, gerente de tecnologia e inovação do Senai e Cimatec, tenta traduzir o termo intraduzível. Ele recorre a exemplos:

“Se uma pessoa se junta para fazer um restaurante a quilo, por exemplo, não há problema. No caso das startups, é diferente, existe um risco. E, nesse processo, entram os processos de aceleração e inovação”. 

É, portanto, comum as startups terem quase sempre o intuito de transformar a realidade onde vivem. São negócios pensados para reagir a um problema específico, confrontados por modelos geralmente similares. “É um negócio realmente movido pela paixão”, caracteriza Marinho. 

A startup depende de ações conjuntas, acredita André Fraga, titular da pasta de Cidade Sustentável e Inovação da prefeitura de Salvador. “O ideal é que você tenha muita iniciativa privada e uma ação menor, até, do poder público. No nosso caso, não havia muito apoio do poder público no passado. As startups foram se organizando sem muito suporte”.

Veja vídeo de Bill Gross sobre como as startups obtém sucesso:

No caso da Mini Maker Lab, startup baiana criada em julho do ano passado, o problema a ser confrontado de forma inovadora foi a metodologia tradicional de ensino. A ideia de Peterson Lobato e Matheus Tanuri era levar a robótica às escolas, por meio de produtos como o Craft. 

"É um produto criado por nós e parece um lego. Com ele, é possível montar estruturas, uma maquete, um robozinho. Temos também um Code Table, para ensinar a lógica de programação sem o uso do computador. Um método de ensino desplugado", explica Peterson.

A iniciativa ainda está no início e o caminho é de muito trabalho até, quem sabe, se tornar um unicórnio, empresa que nasceu como startup e pode chegar a um valor de marcado de US$ 1 bilhão. "Já passamos por 16 escolas ministrando oficinas, mostrando nossos projetos", conta Peterson. 

O Brasil, na verdade, possui apenas três unicórnios: o Nubank, o PagSeguro e a 99POP. Para se ter uma ideia, no final de janeiro, o PagSeguro foi para o mercado de capitais e captou 2,6 bilhões de dólares em sua estreia na bolsa de Nova York.

Já o Nubank é o mais jovem unicórnio da ainda seleta lista. Adquiriu o selo em março, quando foi avaliada em mais de 1 bilhão de dólares. O cartão de crédito roxo começou a despontar no mercado pela falta de anuidade ou taxas de manutenção.

*Com supervisão dos editores Flávio Oliveira e Andreia Santana