Escola digital oferece 37 cursos gratuitos em áreas de tecnologia em Salvador

Iniciativa é uma parceria entre prefeitura e outras instituições

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  • Gil Santos

Publicado em 19 de janeiro de 2022 às 14:44

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Betto Jr/ Secom

Quem está buscando por capacitação para conseguir uma vaga no mercado de trabalho terá uma oportunidade gratuita. Nesta quarta-feira (19), foi lançada em Salvador a Escola Digital de Economia Criativa co.liga, que oferece 37 cursos gratuitos de capacitação em diversas áreas e de forma on-line. Os estudantes terão acesso a videoaulas, apostilas, mentorias e, no final, receberão os certificados.

A iniciativa desenvolvida pela Fundação Roberto Marinho (FRM) e a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), com a participação da Prefeitura de Salvador, foi lançada no foyer no Palácio Thomé de Souza, no Centro.

Atualmente a escola virtual oferece cursos livres de curta duração segmentados em cinco áreas da Economia Criativa – Patrimônio, Música, Multimídia, Design e Artes Visuais – e temas transversais que dialogam com setores como empreendedorismo, cidadania e elaboração de projetos culturais. A nova parceria vai possibilitar a elaboração de cursos customizados, ou seja, pensados e produzidos para atender a necessidade da população de Salvador.

O prefeito Bruno Reis (DEM) contou que a escola é uma importante ferramenta no enfretamento a desigualdade social e que através desse projeto os jovens soteropolitanos serão conectados a outras redes e terão mais oportunidades de trabalho.

“O objetivo desse programa é qualificar a mão de obra para inserir os jovens no mundo digital, gerar oportunidades, principalmente nessa área de economia criativa que tem tudo a ver com a nossa cidade, e com isso possibilitar que os jovens da nossa cidade tenham acesso ao mercado de trabalho”, afirmou.

Os cursos são organizados nos eixos de educação, trabalho e comunidade, oferecendo conteúdo educacional desenvolvido por profissionais do mercado. Haverá mentoria para apoiar a formação dos estudantes e oportunidades de trabalho oferecidas por empresas e uma comunidade de ‘co.legas’ para trocar ideias. Os cursos customizados estão em construção, mas os demais já estão liberados. Basta acessar a plataforma. 

Estrutura Para facilitar o acesso dos estudantes à internet, o Município vai colocar as estruturas e equipamentos da prefeitura a disposição dos alunos. A vice-prefeita e secretária de Gestão, Ana Paula Matos, é a responsável pela coordenação do projeto e explicou como ele vai funcionar.

“Vamos usar os equipamentos de Salvador para possibilitar que as pessoas que não têm uma internet de qualidade consigam fazer os cursos, como o Espaço Cultural Boca de Brasa, os Cras e a Escolab, enfim, onde tiver computador e houver estrutura, nós vamos organizar as turmas para identificar a vocação daquela comunidade e conseguir monetizar”, disse.

A montagem dessas turmas nos órgãos da prefeitura está condicionada a redução dos números da pandemia. Inicialmente, a proposta dos cursos customizados é atender jovens de 19 a 28 anos, mas a vice-prefeita disse que isso pode ser revisto durante a elaboração. Existe também a possibilidade de que algumas mentorias aconteçam de forma presencial.

O secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, João Alegria, destacou a importância de relacionar o conteúdo disponível no virtual com as necessidades dos estudantes, ou seja, de cada região da cidade.

“Não faz o menor sentido manter este trabalho isolado na internet. É preciso atingir as pessoas, e isso acontece quando ele se aproxima dos processos que estão acontecendo em cada território. Então, nosso sentimento é de alegria por esta parceria que envolve diversas iniciativas da Prefeitura no social, educação e inovação, e que só importa porque faz sentido para todos aqui”, afirmou.

Já o chefe da representação da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) no Brasil, Raphael Callou, explicou que a iniciativa oferece oportunidade de trabalho e emprego aos jovens e, além disso, traz conteúdo sistêmico para a cidade de Salvador, focando especialmente nas áreas sociais.

“A OEI acredita na cultura e na economia criativa como mecanismo de redução de desigualdade, de inclusão e de geração de oportunidades. Em uma cidade como Salvador, com esse potencial criativo, isso tem um valor agregado ao turismo, a identidade local e do ponto de vista da geração de emprego e trabalho para as pessoas”, afirmou.

O lançamento da iniciativa contou ainda com painéis de debate e apresentação da Quabales Banda, grupo performático que mescla percussão baiana, hip hop, som eletrônico, dança e Stomp.

Troca Durante o lançamento da escola criativa foi assinado um protocolo de intenções entre as instituições afirmando o interesse das partes em cooperarem com vistas ao desenvolvimento de projetos e atividades nas áreas da educação, ciência e cultura na capital baiana.

O foco da iniciativa será o desenvolvimento de pesquisas, estudos e avaliação de impacto. Eles também se comprometeram a promover intercâmbio de conhecimentos, experiências e ações exitosas no âmbito da Iberoamérica, visando fomentar atividades de cultura e economia criativa, como foco no empreendedorismo e novos negócios.

Para tanto, a ação busca desenvolver novas tecnologias, metodologias, formação e capacitação de profissionais da gestão pública e da sociedade civil, conectando juventudes, profissionais e empresas, por meio da formação e inclusão produtiva dos jovens brasileiros na economia criativa por meio da comunidade, educação e de oportunidades de trabalho.

A estudante Ana Beatriz Silva, 24 anos, que está desempregada aguarda ansiosa por esses avanços. “Acredito que qualquer iniciativa que busque reduzir a taxa de desemprego em nossa cidade deve ser apoiada. Precisamos de todo os tipos de incentivos porque a situação está muito complicada”, disse. Ela afirmou que vai se inscrever em um dos cursos.