Escuna ‘Só Deus’ tem aglomeração e show ao vivo em Dia de Iemanjá

Embarcação estava ancorada no pier do Comércio

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  • Daniel Aloísio

Publicado em 2 de fevereiro de 2021 às 16:55

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Uma festa na escuna "Só Deus", ancorada no pier do Comércio, ao lado do 2º Distrito Naval da Marinha, chamou a atenção de quem passava no local na manhã deste dia 2 de fevereiro. O CORREIO flagrou a cena por volta das 11h. No local, pessoas sem máscara ou a usando incorretamente dançavam ao som de uma música de samba cantada por uma banda que fazia show ao vivo. Na imagem, é possível contar cerca de 50 pessoas em cima da escuna. 

Durante toda o dia, o uso de lanchas e escunas foi uma opção para quem queria aproveitar o dia em alto mar para fazer alguma prece para Iemanjá. No Comercio, era possível ver pessoas vestidas de branco e com flores na mão embarcando em lanchas alugadas. A reportagem não pôde ter acesso ao espaço de embarque das lanchas privadas.  

Mesmo assim, Leopoldo Amaral, sócio diretor da Uboatt, uma empresa de aluguel e venda de embarcações, disse que não alugou lanchas por conta das restrições. “Os proprietários resolveram não oferecer para aluguel. Além disso, o tempo não está favorável. Não é comum chover no dia 2 de fevereiro. Acho que tem uns seis, sete anos que não vejo chover nesse dia. Pode ser que outras empresas estejam, mas nós, por conta das restrições e do tempo, não estamos alugando”, garantiu. 

Em nota, a Capitania dos Portos da Bahia informou que não é competência da Marinha do Brasil a verificação de aglomerações nas embarcações. “Na qualidade de Autoridade Marítima Brasileira, a MB verifica se a lotação da embarcação corresponde ao autorizado pelas Capitanias dos Portos, suas Delegacias e Agências”, disseram. 

Nesse Dia de Iemanjá, a Capitania esteve no mar do Rio Vermelho para garantir a segurança da navegação, impedindo imperícias com potencial risco de colisões por aproximação indevida entre as embarcações ou possíveis quedas de pessoas no mar. “Foram realizadas inspeções no trajeto entre a Capitania dos Portos e o bairro do Rio Vermelho e, dentre outras verificações, foi observado se o número de passageiros estava de acordo com o permitido, dentro das atribuições da Autoridade Marítima, sem, no entanto, invadir as competências dos órgãos fiscalizadores de aglomeração em função da pandemia”, concluiram. 

* Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lobo.