'Estou aguardando também', diz Ramon Menezes sobre pronunciamento do Vitória

Demissão do técnico ocorreu na semana passada, mas clube ainda não oficializou

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  • Daniela Leone

Publicado em 9 de agosto de 2021 às 12:23

- Atualizado há um ano

. Crédito: PIETRO CARPI / ECVITÓRIA

Cinco dias se passaram desde que Ramon Menezes foi demitido pelo Vitória, e até agora o clube ainda não fez nenhum comunicado sobre a decisão colocada em prática na noite da última quarta-feira (4). É praxe ao menos a emissão de nota no site oficial, mas a diretoria rubro-negra ainda não se manifestou até o momento.

"Eu fui avisado na quarta-feira, estava na concentração já para o jogo do Vasco, e fui avisado pelo Alex (Brasil, diretor de futebol). Na quinta-feira eu fui me despedir dos atletas, da comissão técnica, dos funcionários. E o Paulo Carneiro marcou uma reunião à tarde. Eu me encontrei com ele à tarde na quinta", contou Ramon Menezes, por telefone, ao CORREIO.

"Depois na reunião, eu já não posso te afirmar mais nada, porque aí é o pronunciamento do clube. Eu estou aguardando também. Até agora eu sou funcionário do clube, estou aguardando também um comunicado oficial do clube. Até que não aconteça isso, é a única coisa que posso te falar", disse o treinador na manhã desta segunda-feira (9).

No sábado (7), o Vitória foi comandado de forma interina pelo auxiliar técnico Ricardo Amadeu na derrota por 1x0 contra o Vasco, no Barradão, pela Série B do Brasileiro. Em 17º lugar, com 13 pontos, o Leão amarga a zona de rebaixamento. 

O desligamento de Ramon Menezes ocorreu um dia após a eliminação do time nas oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Grêmio. Ele deixou a Toca do Leão após sete derrotas, seis empates e três vitórias. Em 16 jogos, o aproveitamento foi de 31,2%. Ramon sucedeu Rodrigo Chagas, demitido após a 2ª rodada da Série B, e que também ainda não teve a rescisão concluída.

NOVA LEI

A forma como o Vitória vai concluir os desligamentos de Ramon Menezes e Rodrigo Chagas ganhou maior importância por causa da nova regra que limita a contratação de treinadores pelos clubes. De acordo com a CBF, "(...) o clube começará o Brasileiro com um técnico inscrito e, caso demita este treinador, poderá inscrever apenas mais um técnico. Se houver uma segunda demissão, o profissional substituto tem que estar trabalhando no clube há pelo menos seis meses. Em caso de pedido de demissão por parte do treinador, o clube não sofrerá limitação para inscrever um novo técnico".

Portanto, a única forma do rubro-negro contratar um terceiro treinador nesta Série B é se no ato de desligamento de Rodrigo ou de Ramon constar, oficialmente, que pelo menos um deles pediu demissão (e não que foi demitido). Do contrário, o clube terá que colocar como treinador alguém que já é funcionário atualmente.

O desligamento declarado pelo Vitória, mesmo que no site oficial, não representa, necessariamente, uma demissão nesse caso. O que vale é o que constar na rescisão. As informações foram confirmadas pela CBF após consulta feita pelo CORREIO.