Estudante de 15 anos é apreendida após ameaçar fazer ataque em escola

Ela criou uma página no facebook com o nome de um dos atiradores da escola de Suzano

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  • Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2019 às 09:51

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

Uma adolescente de 15 anos foi apreendida na quinta-feira (4) suspeita de ameaçar, através da internet, promover ataques em escolas baianas. A jovem é a sétima pessoa localizada pelas polícias Civil e Militar, na Bahia, nos últimos oito dias suspeitas de disseminar conteúdo nas redes sociais com ameaças. 

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) a apreensão da estudante aconteceu na cidade de Eunápolis. 

Ações de inteligência da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis), com apoio do Instituto Federal da Bahia (Ifba) - onde a jovem estuda -, foram iniciadas no dia 29 de março, quando as ameaças foram disseminadas.

A adolescente criou uma página falsa no Facebook com o nome Guilherme Monteiro, um dos envolvidos no ataque a uma escola em Suzano, no estado de São Paulo que deixou dez pessoas mortas.  Perfil falso foi criado pela estudante com foto do atirador de Suzano Foto: Reprodução/SSP Em uma das mensagens ela postou: "Na minha opinião temos que fazer algo grandioso. Nada repetido. Temos que começar em grandes escolas. Eu já faço parte de um grupo e temos tudo planejado. Temos tudo de que precisamos. Se quiserem posso ajudar a vocês com bombas caseiras. Depende da potência".

Acompanhada da mãe, na Delegacia, a jovem confessou o crime e disse que tudo não passou de uma brincadeira para amedrontar pessoas. "Vamos repetir, novamente, para aqueles que ainda não compreenderam. Indiciaremos os responsáeis por estas mensagens no artigo 265 do Código Penal, que fala sobre atentar contra o funcionamento de serviços de utilidade pública. A pena varia de 1 a 5 anos de prisão e pagamento de multa", lembrou o diretor do Departamento de Polícia do Interior (Depin), delegado Flávio Góis. 

Ao longo dos últimos dias a polícia reforçou a segurança próximo a escolas da Bahia onde circularam áudios de WhatsApp atribuídos à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), com ameaças às unidades, 22 dias depois do ataque em Suzano (SP) que acabou com dez pessoas mortas.