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Estudante de medicina suspeito de esquema de pirâmide troca de advogado e de endereço

"Refutamos que o nosso cliente tenha operado qualquer esquema de pirâmide financeira", diz novo advogado

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  • Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2021 às 19:48

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

O estudante de medicina supostamente envolvido em um esquema de pirâmide financeira de Jequié, cidade no Sudoeste da Bahia, trocou de advogado nesta sexta-feira (3). Henrique Sepúlveda, apontado como o comandante do crime através de sua empresa Safe Intermediações, agora está sendo atendido por João Rios. O profissional afirmou que o cliente não mora mais no endereço onde residia, por questões de segurança.

João Rios diz que a equipe ainda está se inteirando do conteúdo do inquérito e do andamento das investigações. "O Henrique já foi ouvido e se colocou à disposição para colaborar com a autoridade policial. Refutamos que o nosso cliente tenha operado qualquer esquema de pirâmide financeira e temos confiança que isso ficará provado."

Quando questionado sobre como eram as operações e se o estudante tem algo dos R$ 7 milhões, ele diz que Henrique já respondeu essas perguntas para a autoridade policial e que as operações eram permitidas por lei. "Eram operações regulares e legais no mercado de ações. Ele era contratado por essas pessoas para operar em nome delas. Apesar de terem sido operações, aparentemente, de valores elevados,  sempre foram operações permitidas por lei".

Relembre o caso

Henrique Sepúlveda é investigado pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Jequié. Ao longo de dois anos, o estudante acumulou quase R$ 7 milhões, com investimentos de terceiros e a promessa de lucros de até 20% por mês, sem prejuízos no final do contrato, de duração mínima de 90 dias. A empresa que intermediava as transações está no nome dele, ativa desde 2020, a Safe Intermediações.    

Em vídeo que circula pelas redes sociais, o estudante de Medicina mostra que tinha mais de R$ 3 milhões na conta bancária no dia 23 de agosto. Em depoimento à Polícia Civil, na última quarta-feira (1), ele disse que teria perdido todo o dinheiro. Vítimas ouvidas pelo CORREIO dizem que não há registro de movimentações na plataforma desde a referida data.

Ao todo, 150 pessoas foram lesadas e pelo menos 40 já prestaram depoimento. Ele deixou de pagar aos investidores os rendimentos, prometidos em até 20% ao mês, sem perdas. No caso de uma das vítimas, o lucro seria entre 4,5% e 9% por mês. Contudo, nunca chegou a ser isso. O rapaz passou a atrasar os pagamentos depois do segundo mês de contrato, além de parcelar os dividendos.

O delegado Nadson Pelegrini, da DRFR, explicou que o abalo resultante do esquema vai muito além do aspecto econômico. "A sociedade jequieense foi duramente impactada pela atuação desse senhor. O impacto não foi apenas financeiro, mas também de ordem moral. Vários dos lesados são pessoas conhecidas da sociedade: empresários, políticos, policiais... Ele não escolhia as vítimas. Acabou lesando uma imensa gama de investidores", declarou.