EUA taxam produtos da China e países travam ‘guerra comercial’

Taxas adotadas por Trump são uma resposta ao que o país considera um ‘roubo de tecnologia americana’

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  • Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2018 às 01:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: AFP

Começou a valer à meia-noite de ontem a tarifa de 25% imposta pelos Estados Unidos sobre um total de US$ 34 bilhões em importações de produtos 818 chineses, incluindo automóveis, discos rígidos, componentes de aeronaves, satélites e até aparelhos de eletrocardiograma. O país deu um prazo de 90 dias para empresas pedirem exclusão da lista. Será analisado se ele é importante estrategicamente.

Às 12h01 de ontem, de Pequim, a China rebateu: o governo chinês decidiu adotar tarifas sobre produtos importados dos Estados Unidos. O Ministério de Comércio chinês afirmou que Washington lançou “a maior guerra comercial da história econômica” e que será “obrigada a tomar as contramedidas necessárias”.

“Se um país quiser aumentar as tarifas, a China responderá para se defender. Uma guerra comercial não beneficia ninguém, porque prejudica o comércio livre e o processo multilateral”, declarou primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, em Sófia, em uma cúpula com 16 países da UE e dos Bálcãs.

A China ingressou com uma ação na Organização Municipal do Comércio (OMC), alegando que os EUA violaram as regras da OMC.

As taxas adotadas pelo governo Trump são uma resposta ao que o país considera um ‘roubo de tecnologia americana’ por parte do país asiático. O volume de bens atingidos ainda pode chegar a US$ 50 bilhões, já que uma segunda lista de produtos chineses - de US$ 16 bilhões -  está sendo analisada. Segundo o presidente norte-americano, Donald Trump, a  lista entra em vigor em  “duas semanas”.

A decisão dos Estados Unidos foi criticada por outros países. O ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, disse que as maiores vítimas da política econômica dos EUA são os próprios americanos. “É uma lógica infernal, perigosa, que não é do interesse de ninguém”, disse.

Já a Rússia respondeu impondo tarifas que variam de 25% a 40% sobre a importação de produtos dos EUA no setor de construção, petróleo e mineração, em resposta às tarifas aplicadas pelos EUA sobre o aço e alumínio estrangeiros.