Ex-integrante de máfia italiana é alvo de operação da PF na Bahia

Ação acontece em Salvador, Lauro de Freitas, Itaparica e Jequié

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  • Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2018 às 07:48

- Atualizado há um ano

A Polícia Federal realiza na manhã desta terça-feira (4) uma operação com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas com atuação principalmente na Região Metropolitana de Salvador. 

De acordo com a PF, cerca de 60 policiais federais cumprem 17 mandados de prisão temporária, por 30 dias, e nove mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa da Comarca de Salvador nas cidades de Lauro de Freitas, Itaparica e Jequié, além da própria capital baiana. Drogas em cápsulas eram engolidas por pessoas que embarcavam para fora do Brasil  (Foto: Divulgação /PF) A investigação da quadrilha começou em 2016 e identificou uma organização criminosa integrada por traficantes, sobretudo de origem estrangeira, que atuavam em Salvador com o intuito de enviar drogas com um alto grau de pureza para o exterior. 

“Um dos principais investigados presos nesta manhã é um brasileiro criado na Itália ex-integrante da Cosa Nostra, a máfia siciliana, originária do sul daquele país, e parceiro de Tommaso Buscetta, um dos seus mais conhecidos membros. No Brasil, ele era o responsável por receber e testar as amostras dos entorpecentes que seriam enviados para a Europa, para certificar o grau de pureza e, se aprovados, autorizar a remessa. Seus principais fornecedores eram membros da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC)”, afirmou a PF, em nota. 

A PF destacou que o italiano, que não teve o nome divulgado, tem patrimônio superior a R$ 5 milhões adquirido de forma ilegal.  “Quase todos os investigados já possuem antecedentes criminais por tráfico de drogas e muitos deles continuaram atuando ilicitamente mesmo estando presos ou cumprindo medidas judiciais alternativas".

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.