Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Falha em manutenção gerou queda do elevador que matou tio e sobrinho na Vitória

O Ministério Público do Trabalho (MPT) pretende agendar audiência para ouvir as partes envolvidas no acidente

  • Foto do(a) author(a) Eduardo Dias
  • Eduardo Dias

Publicado em 2 de julho de 2019 às 13:49

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Arquivo CORREIO

Foto: Arquivo CORREIO A Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRT-BA) divulgou, nesta segunda-feira (1°), detalhes da investigação sobre o acidente com elevador que despencou de uma altura de 15 metros e matou dois operários, Ronério Silva dos Santos, 35 anos, e Geovani Silva dos Santos, 17, em março, no edifício Mansão Carlos Costa Pinto. no Corredor da Vitória, em Salvador. De acordo com o órgão, a empresa responsável pelo elevador não comprovou a realização dos serviços de manutenção, substituição de peças e troca de óleo do equipamento.

À época, outra vítima, que não teve a identidade revelada, foi socorrida e levada para o Hospital Geral do Estado (HGE).

De acordo com as informações do SRT, durante três meses de investigação, foram apontados diversos fatores que possivelmente contribuíram para a ocorrência do acidente. Dentre eles, as análises feitas identificaram falhas na gestão de manutenção do elevador e gestão da segurança no ambiente.

A legislação trabalhista não permite que menores de idade atuem na área de construção civil. No entanto, segundo o relatório, Geovani trabalhava ilegalmente, ao lado de seu tio.   

Ainda segundo o SRT, o local não tinha um profissional legalmente habilitado, à disposição, para realizar supervisões e a realização dos serviços. Visto também que, a falta de capacitação dos trabalhadores, para trabalhar em altura, e a ausência de um cabo de segurança fixado em uma estrutura independente também foram decisivas para o acidente.

A SRT informou que os condomínios devem estar atentos à questão da segurança e saúde dos trabalhadores ao contratarem as empresas para a prestação de algum tipo de serviço.

A auditoria fiscal do trabalho elaborou um relatório técnico, mais detalhado, sobre a investigação, e enviou para o Ministério Público do Trabalho (MPT), à Procuradoria Federal do INSS, aos familiares das vítimas e sindicato.

Em nota, o MPT afirmou que vai propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) a empresa responsável pelo elevador e ao condomínio onde morreram os dois operários. O órgão informou também que vai convocar representantes da empresa contratada para reforma e do condomínio Mansão Carlos Costa Pinto para prestarem esclarecimentos.  

Ainda segundo a nota, o órgão ministerial informou também que recebeu na tarde de segunda-feira (1) o relatório da inspeção feita pela SRT-BA, que aponta uma série de falhas de procedimentos de segurança e problemas de manutenção como as causas da tragédia.

A procuradora Andrea Tannus Freitas é a responsável pelo inquérito aberto pelo MPT para apurar as responsabilidades trabalhistas pelo acidente. Ela pretende agendar uma audiência para ouvir as partes envolvidas já para a próxima semana e espera evitar uma eventual ação na Justiça com a assinatura de um termo de ajuste de conduta.

*Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier