Família de presa por injúria racial diz que ela tem transtorno psíquico

Em nota, irmãos se desculpam com taxista e pedem "compaixão"

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  • Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2019 às 20:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: Danilo Girundi/TV Globo

A família de Natália BUrza Gomes Dupin, 36 anos, presa por injúria racial a um taxista, divulgou nota neste domingo (8) afirmando que ela tem problemas psiquícos. Os familiares pedem desculpas pelo ocorrido.

No texto, a família diz que Natália sofre de problemas mentais há anos e já teve outros episódios similares, agredindo "de forma física e moral muitas pessoas, inclusive sua própria família". "Pedimos compaixão", diz a nota.

Natália foi presa na quinta, após dizer ao taxista Luiz Carlos Alves Fernandes, 51, que precisava de um táxi, mas não usaria o dele porque não "andava com preto".

Quando Luiz Carlos afirmou que aquilo era crime, Natália continuou. "Eu não gosto de negro, sou racista, sou racista mesmo", disse, cuspindo no pé do taxista.

A PM foi acionada e prendeu Natália, que ainda chamou uma das policiais que atendeu a ocorrência de "sapata".

No sábado, quando pagou fiança de R$ 10 mil, Natália deixou a delegacia aos gritos de "racista".

"Sabemos que alegar doença mental no nosso país é algo que foi banalizado. Não é esse o caso (...) Já foi internada, já recebeu eletroconvulsoterapia", diz a nota da família. "Racismo é uma realidade brutal e inaceitável". Segundo os parentes, nesta semana eles tentavam uma vaga para Natália em hospital psiquiátrico.