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Edvalda Queiroz, 76 anos, está internada há três meses aguardando cirurgia
Wendel de Novais
Publicado em 18 de fevereiro de 2022 às 20:04
- Atualizado há um ano
Internada há três meses por um problema renal crônico no Instituto de Nefrologia Alayde Costa (INAC), aguardando regulação para o Hospital Roberto Santos e sem acesso a hemodiálise - procedimento fundamental para sua saúde - há sete dias. É essa a situação da baiana Edvalda Ana Dias Queiroz, 76 anos.
Uma realidade que, segundo Ana Cláudia Queiroz, 35, filha da paciente, fez a situação da mãe piorar e a família temer um possível falecimento. “Eu estou me acabando de chorar porque, desde que a diálise parou, ela ficou muito debilitada. Ela está bem pior! O rosto inchou de uma maneira que ela está deformada”, conta.
A parada no procedimento de hemodiálise se deu por um problema no acesso colocado no corpo de Edvalda, que estaria coagulando o sangue filtrado. Situação que não poderia ser resolvida no INAC e, sim, no Roberto Santos. “Ela pegou uma bactéria e deu problema no acesso, dificultando que a diálise fosse feita no Alayde Costa. Eles pediram a regulação de urgência, mas ela não foi transferida até agora. É um momento de urgência e não temos resposta”, fala Ana, que trabalha com serviços gerais.Procurada para falar sobre a possibilidade de regulação, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) explicou como o processo de espera funciona. “A disponibilidade de vagas nos hospitais ocorre apenas em duas situações: alta médica ou óbito. Neste cenário, não é possível sinalizar o dia que ocorrerá a transferência de um paciente”, escreveu.
Questionada sobre uma estimativa para a volta do procedimento de diálise na paciente, a secretaria afirmou que essas são informações sobre o quadro clínico do paciente que não poderia informar e que a família pode ter acesso junto ao serviço social da unidade.
Sem saber quando a mãe vai ter de novo acesso ao procedimento, Ana tem medo do pior. "A própria médica disse que é urgente. Se ela não for regulada até segunda-feira, pode ir a óbito. A gente tá na correria para resolver, mas não conseguimos", diz.
*Com orientação da subeditora Fernanda Varela