Fênix tricolor: Marco Antônio ressurge e é decisivo contra Grêmio

Em sua primeira partida no Brasileirão 2019, meia da base sofreu pênalti que originou o gol

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  • Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2019 às 11:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira/EC Bahia

O ano de 2019 tem sido ruim para a carreira do meia Marco Antônio, do Bahia. Até quarta-feira (16), o jogador de 22 anos só havia disputado duas partidas pelo tricolor na temporada, ambas em janeiro, no Campeonato Baiano – 0x0 contra o Fluminense de Feira e 0x2 contra o Bahia de Feira. O treinador ainda era Enderson Moreira que, em ambas as ocasiões, escalou o time mesclado por jogadores reservas e sub-23.

Foram mais de oito meses de espera até uma nova oportunidade chegar. E quando chegou, Marco Antônio aproveitou bem. Na primeira chance dada pelo técnico Roger Machado, o meia substituiu Guerra aos 22 minutos do 2º tempo na partida contra o Grêmio e, aos 42, sofreu o pênalti que seria convertido por Arthur Caíke e garantiria uma vitória fundamental para o Bahia em Porto Alegre.

O tricolor chegou a 41 pontos no Brasileirão, na sétima colocação, e colou no G6, que tem o time gaúcho com a mesma pontuação em sexto lugar. O Internacional, com 39, visita o Avaí nesta quinta-feira (18) e pode ultrapassar ambos.

A atuação aumenta o espaço do garoto na concorrência interna do Bahia. Ponta de origem, Marco Antônio atuou na Arena do Grêmio na posição de meia centralizado, onde Roger procura alternativas.

O veterano Guerra, 34 anos, foi substituído em todas as sete partidas que começou como titular e, como não há outro jogador da posição no elenco, o treinador até então tinha utilizado Arthur Caíke (duas vezes), Lucca, Élber, Ronaldo e João Pedro para entrar no lugar do venezuelano durante as partidas.

Após o triunfo de 1x0, Roger Machado elogiou a atuação do jogador e voltou a afirmar que ele não foi escalado antes porque precisava ajudar mais defensivamente.

“Marco precisava evoluir e me mostrar isso nos treinamentos através dos números. A parte ofensiva eu sei que... o Marco nada mais fez do que ele faz todos os dias no treinamento. Pega a bola no fundo, vai pra cima do adversário e em 90% das vezes ele tem vitória pessoal. Agora o que faltava a ele era o compromisso defensivo”, explicou Roger.

O treinador revelou ter cobrado de Marco Antônio mais aplicação tática. “E ele me mostrou, ao longo dessas três semanas quando eu conversei com ele e mostrei os números pra ele e que, comparando com jogadores da posição, os colegas dele trabalhavam com um número de sprints quatro, cinco vezes maior, ele precisava evoluir nessa questão. Não era por incapacidade física. Era por muitas vezes desconcentração no treino, por esperar que outro roubasse a bola e acionasse ele para fazer o que tem de melhor. Só que ele precisaria participar do processo defensivo também”, argumentou o treinador.

“Hoje ele recebeu oportunidade porque, primeiro, eu queria aquele tipo de jogo, porque nós estávamos esperando aquela bola e aí eu precisava do arrasto dele, da vitória pessoal que eu sabia que ele ia me dar ali no tripé, no lugar do Guerra. E cobrei dele a recomposição defensiva, ele me deu. Não sou eu que escalo jogador, quem se escala é ele. Quando estiver bem vai receber a oportunidade”, finalizou Roger.