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Da Redação
Publicado em 21 de abril de 2020 às 19:13
- Atualizado há 2 anos
A tarde desta terça-feira (21) foi marcada por filas na unidade da Cesta do Povo, que fica no Ogunjá, para que os beneficiados com o vale-alimentação estudantil pudessem fazer suas compras. Por conta da suspensão das aulas devido à pandemia do coronavírus, cada estudante da rede estadual de ensino tem direito de receber um auxílio de R$ 55, e desde a segunda-feira (20) foi registrado um grande movimento nos mercados da Cesta do Povo e Assaí.>
O feriado de Tiradentes serviu para que Simone Vieira tivesse um tempo para fazer as compras com o vale. A mãe dos jovens Joabson, de 17 anos, e Rômulo, de 19, chegou no supermercado às 12h e lembrou da recomendação de evitar aglomerações, por isso resolveu ir sozinha. Às 15h não tinha chegado nem na metade da fila, mas disse que iria aguardar para conseguir fazer a compra dos alimentos, e pretendia levar o básico com o valor que tinha disponível. “Eu moro em Luís Anselmo e vim de ônibus para cá, já que era o mercado orientado para eu vir. Quando acabar tudo meus filhos vêm me buscar”, contou Simone. Compradores esperaram mais de quatro horas na fila (Foto: Arisson Marinho / CORREIO) No momento do cadastro, o estudante ou seu responsável é informado sobre qual unidade a compra deve ser feita. Simone lembra que essa fase foi tranquila, mas acredita que, ao invés dos beneficiados irem comprar os alimentos, cestas básicas fossem distribuídas: “Seria melhor se cada uma das cestas fosse entregue no colégio do estudante, assim a gente poderia pegar e evitaria aglomeração. E não perderia esse tempo na fila”, pontuou. >
No primeiro dia foram beneficiados 28.500 estudantes, de um total de 284 mil, que estudam em Salvador ou em 21 outros municípios do interior da Bahia que têm a Cesta do Povo (e suas lojas credenciadas) ou a rede Assaí. Luciana Machado, 38, estava saindo da loja por volta das 15h30, quando começou a chover no Ogunjá. Ela estava com o carrinho cheio depois fazer a compra com quatro vales-alimentação, e aguardava a chuva passar para voltar para casa com as sacolas, já que chegou andando no mercado. Boa parte das pessoas que estavam no mercado estavam usando máscaras para se proteger (Foto: Arisson Marinho / CORREIO) “Cheguei cedo aqui e peguei a fila lá embaixo, mas acho que apesar de estar bem cheio a organização funcionou”, afirmou Luciana apontando para o fim da fila, que passava por toda a extensão da Central de Abastecimento da Cesta do Povo. Porém, o que se via era uma aglomeração de pessoas ao longo da fila, ainda mais quando a chuva começou a cair. No carrinho, Luciana contou que comprou mesmo o básico, como arroz, feijão, macarrão e biscoitos simples.>
Mesmo depois das recomendações do secretário de Educação do estado, Jerônimo Rodrigues, que orientava “usar a máscara de proteção individual e manter a distância de um para o outro [no mínimo de um metro]”, era possível observar pequenas aglomerações, por mais que houvesse um funcionário da loja limitando a passagem de parte dos compradores ao longo da fila. “É importante verificar um melhor momento para ir ao supermercado, quando estiver menos movimentado e verificar os decretos que limitam a entrada nos supermercados”, completou o secretário. * Com orientação da subeditora Clarissa Pacheco>